Coronofobia: a nova vilã da saúde mental

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  • Daniela Generoso – Após completar um ano de pandemia da Covid-19, vimos o quanto precisamos aprender a lidar com as adversidades, a cuidar tanto da nossa saúde física quanto a emocional e desenvolver melhor a empatia. Além dos desafios do isolamento social, tristeza pelas vidas perdidas e a falta de esperança, todo este contexto trouxe ainda uma nova doença psicológica denominada coronofobia.

Corono deriva da palavra coronavírus e fobia significa medo. Portanto, o medo, ou fobia, de pegar e transmitir a Covid-19. Os sintomas mais comuns detectados até agora são ansiedade, pavor de tocar em objetos sem luva ou sem passar o álcool, descontrole das emoções, a impossibilidade de desenvolver as atividades de rotina com alegria, isolamento total e, em muitos casos, medo de ir à rua.   

Especialistas publicaram na National Library of Medicine um estudo que mostra que dos 500 casos de ansiedade e depressão analisados, 500 deles tinham a ver com a Covid-19. Esses dados nos fazem ver que a grande maioria da população teve que aprender a lidar com muitas perdas e a incerteza do amanhã.  

Por isso, além de passar por problemas com a saúde mental, tivemos, e continuamos tendo, que lidar com a dificuldade de relacionamento e a com a dificuldade financeira, que trazem enormes impactos na vida do brasileiro que não tem perspectiva de melhora a curto prazo. Essa desesperança também abre espaço para outras doenças mentais. 

O tratamento mais adequado para a coronofobia e para qualquer outro tipo de doença mental que venha a nos atingir de forma direta ou indiretamente ligado à pandemia de Covid-19 é a terapia. Caso não seja possível realizá-la presencialmente, tente consultas online. Em alguns casos, a consulta também com psiquiatra para a prescrição de remédio para ansiedade ou depressão pode ser necessária. Cuide da sua saúde mental e acredite em dias melhores.  

* Daniela Generoso é Psicóloga, Pós-graduada em Neuropsicologia, Pós-graduanda em Psicologia Existencial Humanista, pós-graduada em direitos humanos, Mestranda na Universidade Européa Del Atlântico (Espanha), fundadora e presidente do Instituto “É Possível Sonhar”, que atende crianças, adolescentes e mulheres vítimas de violência doméstica. 

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