Contratação a curto prazo ganha adeptos no Brasil

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Da Redação – Quando se trata de casos urgentes, crises em que há demissão, saída do responsável pela área, novos projetos ou até mesmo funcionários afastados ou em licença-médica, uma nova modalidade de trabalho que tem chamado atenção é a gestão interina (“interim management”).

Muito comum fora do Brasil, a prática consiste em contratar um executivo para realizar determinadas funções, por um período estabelecido de tempo. “Por não ter vínculos com gestões anteriores, o profissional interino consegue observar detalhes importantes que, por vezes, não são vistos ou são muito sensíveis para aqueles que estão dentro da empresa há mais tempo. Além disso, ele é capaz de diagnosticar os problemas de maneira imparcial e trazer soluções mais objetivas e assertivas”, explica Márcia Makishi, executiva de Compliance e RH da innovativa.

O contrato desse tipo de profissional, geralmente, é de prestação de serviços, realizado através de empresas especializadas. E ainda há aqueles que trabalham por conta própria, como profissionais autônomos. Essas duas categorias cresceram no Brasil. No último trimestre deste ano, havia mais de 24 milhões de pessoas trabalhando autonomamente, enquanto o trabalho sem carteira assinada, no setor privado, aumentou 372 mil vagas desde 2018, de acordo com a última pesquisa do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

Mas, apesar do profissional interino beneficiar empresas que planejam expansão dos negócios e a conquista de novos mercados, alguns cuidados precisam ser tomados pela organização ao contratar sem vínculos empregatícios. É essencial que seja formalizado um contrato bem detalhado, em que esteja claro e transparente:

    Que as atividades do executivo têm data para começar e para finalizar;

    Quais atividades devem ser desempenhadas e os objetivos que devem ser cumpridos pelo executivo;

    Como será o processo de sucessão do profissional interino. Se há oportunidades de ser contratado efetivamente ao final do período estabelecido ou se alguma outra pessoa da empresa será treinada para ocupar aquela posição;

    Que o executivo interino, se for o caso, deverá preparar a equipe para dar continuidade aos projetos executados, após sua saída.

“Também tem se mostrado bastante benéfico às empresas e aos projetos quando o profissional alocado é mais experiente do que o perfil desejado pela empresa. Com sua expertise, o executivo interino deve contribuir, imediatamente, após sua contratação sem a necessidade de qualquer treinamento. Seu trabalho tem tempo preciso, portanto é necessário que seja totalmente efetivo, eficiente, assertivo e que traga resultados em curto prazo”, acrescenta Márcia.

Há vários cenários que uma empresa pode pensar em contratar um gestor interino, seja qual for a área. Alguns exemplos:

– Ausência de um executivo, seja por desligamento, afastamento, transferência, seja por ter sido designado para um projeto especial;

– Necessidade de suporte para fazer com que o negócio tenha lucro e crescimento;

– Trazer um “olhar de fora” para a empresa, que possa avaliar eventuais “gargalos” em algum setor ou departamento e que possa causar efeito cascata em outras áreas, dificultando a evolução e crescimento dos negócios, ou seja, problemas que surgem em cadeia: financeiro, gestão de pessoas, produção, entre outros;

– Dívidas com impostos, fornecedores, bancos, financiamento;

– Necessidade de avaliação da relação entre a liderança e as equipes;

– Falta de suporte para o planejamento estratégico.

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