* Osmar Junqueira Lima – Atualmente, a febre no jornalismo nos meios de comunicação é com a expressão ‘por conta de’. Em quaisquer circunstância, o falante explica tudo, usando a expressão ‘por conta de’. Em vez de dizer ‘o ônibus atrasou porque houve um acidente, o falante diz ‘o ônibus atrasou por conta do acidente’.
E tem mais: ‘João morreu por causa de uma infecção generalizada’. Já o falante diz ‘João morreu por conta da infecção generalizada’. ‘O presidente foi condenado, porque cometeu irregularidades administrativas’, e na explicação do falante ‘o presidente foi condenado por conta das irregularidades cometidas’.
Não se justifica o uso da expressão ‘por conta de’ indiscriminadamente, usa-se a expressão corretamente, quando se relaciona à despesa, ao pagamento, fazer uma viagem por conta da empresa aérea, ou seja, a empresa aérea custeou a despesa.
Outro erro em que incorre o falante: não há em português sujeito duplo. Portanto, quando se diz ‘a polícia chegou’, não é necessário dizer ‘a polícia ela chegou’. As contas estão atrasadas, não é necessário dizer ‘ as contas elas estão atrasadas’.
Outro erro muito comum é com o emprego do pronome relativo ‘cujo’. Este pronome é sempre adjunto adnominal, portanto não admite o artigo ‘o’ ou ‘a’. No dia 09/05/2016, na página 3 do jornal de maior circulação da região, lê-se: “cujo o executivo” e “cujo o orçamento”. São erros que um bom redator não comete. Dir-se-ia corretamente ‘cujo executivo’ e ‘cujo orçamento’.
Até a próxima!
* Osmar Junqueira Lima é professor de Português (Literatura e Letras Modernas), ex-coordenador do Curso Objetivo e um dos fundadores da Unidade de Santo André do Objetivo e editorialista do site CliqueABC. Contato com o colunista pelo e-mail professor.osmar.junqueira@gmail.com
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