Com ótimo desempenho de seus generalistas e especialistas, Brasil se classifica para o Mundial

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Caio Souza deu show, com o ouro no individual geral e mais quatro medalhas nos aparelhos

Da Redação (SP) – Com belos resultados de seus generalistas e de seus especialistas, o Brasil conseguiu alcançar seu principal objetivo no Campeonato Pan-Americano de Ginástica Artística Masculina, no Rio de Janeiro– uma das quatro vagas que estavam em disputa para o Mundial de Liverpool, que será disputado a partir do final de outubro. A equipe brasileira terminou na segunda colocação, com 244.201 pontos, atrás apenas dos Estados Unidos (250.035). No domingo, as oito melhores equipes disputarão a final.

Caio Souza, principal generalista do Brasil, conquistou o bicampeonato panamericano no individual geral, ao somar 83.033 pontos, e ainda foi fundamental para que a equipe brasileira pudesse alcançar a segunda colocação por equipes. Lucas Bitencourt, campeão brasileiro no individual geral, terminou na quarta colocação, bem perto do medalhista de bronze, o canadense Felix Dolci.

Caio conquistou ainda outras quatro medalhas por aparelhos: ouro no salto, prata nas argolas e na barra fixa e bronze nas paralelas.

Na avaliação do atleta, o Brasil está seguindo um bom caminho na Ginástica Artística Masculina. “É muito gratificante ver que o trabalho feito está dando resultado. Ainda faltam alguns detalhes para ser lapidados, mas temos tempo até o Campeonato Mundial. Hoje a gente precisava classificar para lá e o resultado mostra um caminho a ser seguido. Ainda temos a competição por equipes no domingo, que vai ser muito emocionante, e a hora que acabar o Pan-Americano é voltar para casa, esfriar a cabeça e tentar melhorar um pouquinho em cada aparelho sempre”.

O bicampeão panamericano no individual geral disse que competir em casa lhe deu motivação extra. “A minha família esteva presente e foi muito legal. Em 2019, a minha mãe conseguiu ir para os Jogos Pan-Americanos no Peru e aquilo foi emocionante para mim. Ano passado não podia ter ninguém por causa da pandemia e desta vez eles vieram. Isso é muito bom porque nós, brasileiros, gostamos muito desse apoio. A cada elemento, cada prova, a torcida ia junto e isso é muito legal. Minha família veio de Volta Redonda e foi muito bom poder contar com eles”.

Arthur Zanetti, campeão e vice-campeão olímpico em 2012 e 2016, respectivamente, novamente deu um show nas argolas, e conquistou a medalha de ouro, provando que está plenamente recuperado da cirurgia no ombro a que se submeteu depois dos Jogos Olímpicos.

Zanetti diz que se sentiu muito bem em sua volta às competições internacionais. “Voltar a competir internacionalmente é muito bom, principalmente em casa e com o público. A última foi em Tóquio, nos Jogos Olímpicos. Já tem quase um ano e estar aqui hoje foi bom. Ainda precisamos ver onde podemos melhorar, mas o importante é que o objetivo principal que era a classificação por equipe, nós conseguimos”. 

Arthur Nory, campeão na barra fixa no Mundial de Stuttgart, em 2019, também subiu ao pódio nesse aparelho – conquistou o bronze. 

O jovem Diogo Soares, que foi finalista no individual geral logo em sua primeira participação olímpica, no ano passado, também obteve resultados muito bons – foi o quinto no individual geral e ficou bem perto de uma medalha na barra fixa, na quarta colocação. 

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