20 de junho é o Dia Mundial do Refugiado, a estimativa é de que 110 milhões de pessoas tenham sido forçadas a fugir de conflitos, violência, violações de direitos humanos e perseguições pelo mundo
Da Redação – Nesta terça-feira, 20 de junho, é marcado o Dia Mundial do Refugiado, a data internacional designada pelas Nações Unidas é para lembrar da existência de milhões de pessoas ao redor do mundo que foram obrigadas a abandonar suas casas, muitas vezes seus países para escapar de conflitos, violência, violações de direitos humanos ou perseguições.
A Organização humanitária Fraternidade sem Fronteiras (FSF) tem dois projetos que acolhem refugiados e migrantes, sendo um localizado no continente africano: o Nação Ubuntu, no Malawi, e um outro no extremo norte do Brasil, no estado de Roraima, Brasil, um coração que acolhe. Juntos, atualmente, oferecem acolhimento para 2 mil e 500 pessoas em situação de vulnerabilidade e promovem mais de 30 atividades cotidianas nos espaços.
De acordo com os dados da Agência da ONU para Refugiados (ACNUR), o número de refugiados migrantes alcançou, pela primeira vez, a marca de 110 milhões, impulsionado pela guerra na Ucrânia e outros conflitos violentos. O número de pessoas forçadas a se deslocar no mundo chegou, no final de 2022, a 108,4 milhões, um aumento de 19,1 milhões em relação ao ano anterior, o maior aumento já registrado. O deslocamento forçado global não mostrou sinais de desaceleração em 2023 com a eclosão do conflito no Sudão, que desencadeou novos fluxos de saída, elevando o total global para uma estimativa de 110 milhões até maio.
“Esta situação de mais de 100 milhões de refugiados precisa despertar a nossa humanidade e acolhimento para estes irmãos que eram como nós, tinham casa, trabalho, estabilidade financeira, uma vida normal. Agora, estão em situação de vulnerabilidade e precisam da nossa fraternidade para recomeçarem”, afirma o fundador-presidente da Fraternidade sem Fronteiras, Wagner Moura Gomes.
No Brasil, o Projeto Brasil, um coração que acolhe (BCA) foi criado em outubro de 2017, após o aumento significativo do fluxo migratório da Venezuela para o Brasil, via estado de Roraima. Na época, milhares de venezuelanos entravam diariamente no Brasil, legal e ilegalmente, e chegando aqui passaram a viver em situação de vulnerabilidade, sem casa e sem comida, nas ruas, principalmente, de Pacaraima e Boa Vista, onde estão as frentes de atuação do BCA. Hoje, o projeto tem quatro frentes de trabalho: Interiorização, Sustentabilidade, Meios de Vida e Gestão de Centros de Acolhimento. Os dois centros de acolhimento, Jardim Floresta e Pricumã, abrigam quase 1800 acolhidos. No ano passado, 506 pessoas foram interiorizadas.
No continente africano, no Malawi, desde 2018, a FSF começou a instalação da estrutura do Projeto Nação Ubuntu com um centro de acolhimento, escola, creche, casas, lavouras, salas para oficinas profissionalizantes, capacitação profissional e oportunidade laboral. Atualmente, são quase 800 pessoas acolhidas com 5 oficinas de geração de renda e trabalho: agrofloresta, biocarvão, carpintaria, sabão e costura geração de renda e trabalho. Na Escola Ubuntu, quase 500 crianças estão matriculadas e recebem uniformes, materiais escolares e duas refeições diariamente. Na creche, são 100 bebês de até 3 anos, filhos dos acolhidos.
Nenhum comentário on "Com dois projetos de ajuda humanitária, Fraternidade sem Fronteiras acolhe 2 mil e 500 refugiados no Brasil e na África"