Fábio Costa, CEO da Agência Casa Mais, espera triplicar faturamento com a reforma e diz que, mesmo em tempos de crise, é possível empreender
Da Redação – A aprovação da reforma da previdência em 1º turno e sua possível aprovação no 2º turno já tem gerado alguns reflexos na economia do Brasil. No dia 20 de julho de 2019 anunciou-se uma diminuição para o menor patamar da percepção de risco do investidor internacional sobre o Brasil em quase cinco anos. O Credit Default Swap (CDS), espécie de termômetro do “risco país” que mensura a possibilidade de calote da dívida foi negociado em 128 pontos, patamar não visto desde 2014, quando o Brasil entrou em recessão.
Mas, segundo economistas, não é só externamente que a economia brasileira apresentará melhoras com a possível aprovação da reforma, muitos apostam numa melhora de renda e emprego, a curto prazo, para milhares de brasileiros. Isso porque, na opinião de especialistas, com a reforma, muitos empresários voltarão a investir, gerando empregos e contribuindo para o crescimento econômico do país; algo que não está acontecendo agora diante das incertezas geradas pela crise econômica.
É o caso do empresário Fábio Costa, CEO da Agência Casa Mais, empresa pioneira em realidade virtual no Brasil e, agora, também especializada em realidade aumentada. Costa acredita que a reforma permitirá ao país ter mais credibilidade no exterior e, consequentemente, mais investimentos.
Caso ela seja aprovada, o empresário espera que a Agência triplique seu faturamento, pois, segundo ele, em 2018, mesmo num cenário de crise econômica, a empresa chegou a ter um faturamento bruto de 1 milhão de reais. “Percebo que as empresas estão segurando muito as suas verbas e adiando algumas ações de marketing por conta dessa incerteza do governo atual”, completa.
O empresário teve uma longa trajetória até obter o faturamento que possui hoje. Fundada em 2012, a Agência Casa Mais fazia, inicialmente, produção de vídeos em 360 graus em festas de casamentos. Hoje ela é referência na tecnologia de realidade virtual e aumentada, atendendo inúmeras multinacionais para fins diversos.
Costa diz ter se lançado nessa nova área com o intuito de proporcionar aos clientes uma experiência inovadora e diferenciada em que eles pudessem se destacar. “Antigamente eu focava em marketing digital e percebia a grande concorrência que havia no mercado com várias agências atuando no mesmo segmento. Pensando em inovações e em ter um diferencial, surgiu a ideia de produzir vídeos em 360 graus e, mais adiante, veio a tecnologia da realidade virtual e aumentada, que é uma febre mundial com aplicações em diversas aéreas”, reforça.
Em tempos de crise e desemprego em alta, muitos estão optando por abrir o próprio negócio pela primeira vez. Costa dá algumas dicas, especialmente em termos financeiros para quem deseja empreender: “Fluxo de caixa, essa é a dica! Sei o quanto é difícil ter uma reserva, ainda mais quando o empreendedor está começando o seu próprio negócio e ainda não tem um investidor, todavia ter um planejamento e uma situação financeira saudável é muito importante para que se possa focar no negócio sem preocupações.”
Para quem se lança nessa área é natural que surjam dificuldades financeiras. De acordo com o CEO da Casa Mais, o importante é não se endividar e evitar gastos supérfluos. “É preciso que se analise os concorrentes para ver se o seu preço está competitivo no mercado. Lembre-se: não basta apenas ter um produto excelente ou um serviço de qualidade, é necessário buscar um diferencial frente as demais empresas, só assim é possível alavancar o próprio negócio e ganhar dinheiro”.
Caso alguma estratégia não dê certo, Costa orienta o empreendedor a não insistir em mantê-la, em meio ao fracasso, mas a buscar alternativas para alavancar as vendas por exemplo.
Embora o cenário econômico atual não seja favorável, o CEO acredita que ele é propício para empreender diante da expectativa de melhora para o empresariado com a aprovação da reforma da previdência e que, mesmo em tempos de crise, é possível aprender com ela. “Tenho amigos cujas empresas quebraram e voltaram a ser funcionários. Todavia, acredito que a crise possa ser uma oportunidade para o empreendedor se destacar, pois, consequentemente, a concorrência diminui e você é obrigado a procurar novas alternativas, saindo da zona de conforto”, conclui Costa, quem completa que é neste momento que surgem as melhores ideias tão relevantes e imprescindíveis para o negócio.
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