Objeto de desejo de colecionadores, rótulo traz luxo e exclusividade à linha Miolo Cuvée, presente há 29 anos no mercado
Da Redação – Em 2016, a Miolo Wine Group alcançava a marca de exportação de 100 mil garrafas do Miolo Cuvée, sendo que 10 mil foram vendidas somente na Soif D’ailleurs, em Paris. Para comemorar, a vinícola brasileira resolveu imergir um lote de 504 garrafas na Europa, resgatando uma prática comum no continente que nasceu de tesouros encontrados nas profundezas do mar em navios naufragados.
O ponto escolhido foi o mar da Província de Bretagne, na França. Inusitada, a operação brindou a presença do espumante brasileiro no mundo, gerando mistério em torno das características sensoriais da bebida. Curiosos e colecionadores de relíquias que desejam adquirir uma garrafa, que vem protegida por uma embalagem especial que retrata uma lente de farol, devem desembolsar nada mais, nada menos que R$ 3.500.
Steven Spurrier, o homem do ‘Julgamento de Paris’ (1976) conduziu a degustação do Miolo Cuvée na Embaixada do Brasil em Paris, em 2016, marcando as comemorações do feito da Miolo. Estrategicamente mergulhadas na ilha de Ouessant, na região conhecida como Baie du Stiff, as garrafas ficaram envelhecendo na cave submarina de outubro de 2016 a novembro de 2017, quando foram içadas. De lá para cá, o lote fez o caminho de volta para casa, permanecendo na cave subterrânea da Vinícola Miolo, no Vale dos Vinhedos, até completar 10 anos – a tiragem é de 2014.
Toda operação em alto mar foi conduzida pela Amphoris, empresa francesa especializada neste trabalho, reunindo as melhores condições para garantir o funcionamento perfeito da adega subaquática abaixo dos limites do mergulho livre humano, além dos 60 metros de profundidade com batimetria comprovada. As garrafas foram mantidas em escuridão total, temperatura constante e plena segurança diante de correntes oceânicas moderadas, sem conflito com atividades offshore (alto-mar).
“Este Miolo Cuvée – Under The Sea é um espumante aspiracional. Moldado pelo oceano, este espumante traz uma nova história para contar. Ele mescla características do terroir do Vale dos Vinhedos acentuadas pelas condições apresentadas no fundo do mar. Mas para descobrir é necessário abrir a garrafa e degustar, um ato que requer curiosidade”, destaca o Diretor Superintendente da Miolo Wine Group, enólogo Adriano Miolo, que prefere não falar da análise sensorial do produto, uma vez que degustá-lo é uma experiência única que vai além do ritual da degustação usual.
A vinícola pretende manter o Miolo Cuvée – Under The Sea em seu portfólio, ampliando e agregando valor à linha, primeira de espumantes a ser lançada pela Miolo ainda em 1995. O desejo já garante outros dois lotes que foram imersos no mesmo local: um de apenas 140 garrafas de brut rosé, também de 2014, e outro de 350 unidades, de 2016. Assim, a Miolo se prepara para fazer novos lançamentos, mantendo os 10 anos de envelhecimento. “Temos três lotes garantidos”, assegura.
O Miolo Cuvée – Under The Sea é uma verdadeira obra de arte que une terra, mar e homem. Ele vem apresentado em uma embalagem desenvolvida exclusivamente para o produto, reproduzindo a lente de um farol marítimo que protege a garrafa sem escondê-la. Junto, um mapa que identifica o local exato onde o espumante permaneceu sob o mar.
Miolo Cuvée no mundo
Com presença em 15 países, o Miolo Cuvée carrega a Denominação de Origem Vale dos Vinhedos (DOVV). Primeiro espumante brasileiro a ser exportado, abriu as portas do Brasil para o mundo, enaltecendo a qualidade e diversidade do espumante nacional que caiu no gosto dos apreciadores de todos os continentes. Além de ser o espumante brasileiro mais vendido na França, é a bebida oficial do Natal Luz de Gramado há quase 20 anos.
Os rótulos da linha
Miolo Cuvée Under the Sea
Miolo Cuvée Nature DOVV
Miolo Cuvée Brut Branco DOVV
Miolo Cuvée Brut Rosé DOVV
Fotos: Divulgação Miolo
Fotos Under The Sea: Emerson Ribeiro
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