Coleta seletiva porta a porta em São Bernardo será feita duas vezes por semana

Da Redação – A coleta seletiva porta a porta em São Bernardo, que acontecia apenas uma vez por semana em toda a cidade, ganhou mais um dia no calendário semanal. Ao todo, 17 bairros passam a receber o caminhão de coleta duas vezes por semana, iniciativa que tem por objetivo ampliar a arrecadação, que atualmente é de 1,4 tonelada por mês. Implementada pela Prefeitura em 2013, a coleta seletiva já permite a reciclagem de 5,6% de tudo que é descartado, mas a meta é alcançar a marca de 10% até o fim de 2016, daí aumentar os dias de coleta.

Francisco Assis de Oliveira, morador do Rudge Ramos, revela que o novo esquema de coleta melhorou muito a vida no prédio em que mora: “Antigamente o material reciclável acabava acumulando em nosso contêiner e aí, infelizmente, algumas vezes esse material era descartado como lixo comum. Agora, com o caminhão passando às terças e quintas-feiras, temos uma melhor organização”, afirma.

Quem também aprova a iniciativa é Amélia Sato, moradora do mesmo bairro. Há um ano em São Bernardo, Amélia conta que em Cuiabá não existe esse tipo de serviço porta a porta. “Esse é um trabalho muito bom. Eu já tinha o hábito de separar, mas o material não era aproveitado por falta de ações da municipalidade. Esse tipo de cuidado em São Bernardo é admirável, estão todos de parabéns.”

A coleta seletiva porta a porta recolhe papéis, papelões, jornais, revistas, cadernos, folhas soltas, caixas e embalagens em geral, incluindo longa vida, copos, potes, sacolas, garrafas PET, latinhas de alumínio, latas e outros metais e vidros – estes últimos devem estar separados e embalados de forma segura.

De acordo do diretor do departamento de Limpeza Urbana, Maurício Cardozo, também podem ser reciclados, as embalagens de óleo, caixas de pizza, recipientes de margarina, potes de maionese, embalagens de extrato de tomate, de iogurte, de requeijão, entre outros. “Esses são alguns produtos com potencial de reciclagem que acabam sendo descartados como lixo comum, é importante reforçar isso aos moradores para que mais gente contribua com a coleta”, informou.

Cardozo ressalta que na primeira semana da iniciativa, já houve um aumento de coleta na ordem de 22%. “Ao final do mês teremos um balanço quantitativo do que foi coletado, mas é um índice expressivo. Os bairros que estão sendo atendidos neste piloto são grandes regiões como, Taboão, Paulicéia, Rudge Ramos, Jordanópolis, Jardim do Mar, Parque Anchieta, Álvaro Marques, entre outros”.

Devem ser colocados no lixo comum os restos de comida, cascas de frutas e de legumes, fotografias, fitas crepe, etiquetas adesivas, sujeira das vassouras, de cinzeiros, de animais e chicletes.

Geraldo Silvestre Bonifácio é coletor, trabalha há 22 anos ajudando a manter a cidade limpa, e está no setor do Rudge Ramos. Bonifácio conta que a introdução da coleta seletiva foi importante na construção de novos hábitos. “Os moradores acabam nos conhecendo por estar a muito tempo neste trabalho. Alguns perguntavam se esse projeto iria dar certo, e sempre pedia a colaboração. Acho que o trabalho de todos, tanto de quem educa, e nós que coletamos, somado a vontade da Administração é que deu esse resultado”.

O mapa da coleta seletiva porta a porta pode ser acessado pelo endereço http://www.sbclimpeza.com.br/informacoes.

Iniciativas – Além da ampliação da frequência nos bairros da cidade, há iniciativas importantes no fortalecimento da coleta como o programa “Comércio Amigo da Coleta Seletiva”. Lançada em novembro de 2015, a iniciativa tem como meta incentivar os empresários a aderirem ao programa de reciclagem e ampliar na cidade a captação do material separado para ser reaproveitado.

Central de Triagem – A Prefeitura também investiu na construção de duas centrais de triagem no Bairro Cooperativa. Todo o material oriundo da coleta seletiva é encaminhado aos centros de triagem para ser processado. Essa iniciativa deu melhor condição de trabalho aos antigos catadores, gerando renda as famílias.

A primeira central foi entregue em fevereiro de 2014, com capacidade para processar cerca de 25 toneladas por dia. Já a segunda central foi entregue em dezembro do mesmo ano e tem capacidade para 100 toneladas diárias.