Da Redação – O último dia do IV Fórum Internacional da Longevidade, nesta sexta-feira (7/10), teve como destaque o projeto dos municípios que buscam se adaptar às necessidades dos cidadãos de todas as faixas etárias. O projeto Cidade para Todas as Idades, desenvolvido pela CPFL (Companhia Paulista de Força e Luz) Energia em parceria com prefeituras, destinará, ao longo de 2017, entre R$ 300 mil e R$ 500 mil da empresa para o Fundo Municipal do Idoso.
Os recursos deverão ser investidos num diagnóstico inicial das condições urbanas e numa pesquisa com moradores, sob o foco das necessidades da população acima de 60 anos. Promovido pelo Centro Internacional de Longevidade (ILC), com patrocínio do Grupo Bradesco Seguros, o IV Fórum Internacional de Longevidade discute formas de tornar mais amigável a utilização de objetos e serviços, dentro do tema “O papel do design e tecnologia para uma sociedade longeva”. Será produzido um esboço de diretrizes para melhorar, via design, a interação e o uso de elementos do cotidiano, para atender as necessidades dos cidadãos com mais de 60 anos.
FACILIDADES PARA IDOSOS – A CPFL Energia, dona de 30% do mercado brasileiro de energia, está procurando cidades em todo o Brasil para investir no projeto. Segundo Carlo Pereira, gerente de Sustentabilidade, o objetivo é ajudar a preparar um plano de ação com melhorias nas áreas de mobilidade, criação de espaços de socialização e convivência para idosos, entre outras.
A metodologia do projeto foi elaborada pela CPFL com base nas diretrizes da ONU para o selo Cidade Amiga do Idoso, e aplicada inicialmente em Veranópolis (RS), onde os responsáveis pela iniciativa – fruto de parceria entre Prefeitura, Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS) e Conselho do Idoso – começam este ano a implementar o plano de ação. Feita para ser replicada, a metodologia também começa a ser adotada em Jaguariúna (SP).
Os números dão respaldo à iniciativa. Os idosos brasileiros serão 26,7% da população do país até 2060, processo considerado rápido, segundo os especialistas. Movimento, aliás, planetário – até 2025, o número de pessoas com mais de 60 anos vai dobrar no mundo, devendo somar 2 bilhões em 2050. A maioria delas estará em países de baixa e média renda.
O Fórum Internacional de Longevidade reúne especialistas e personalidades nacionais e estrangeiras, diante de uma plateia formada por gerontologistas, médicos, psicólogos, estudiosos da longevidade e autoridades públicas da área de saúde.
Responsável pela seleção dos palestrantes, o Centro Internacional de Longevidade (braço brasileiro da aliança global de centro de estudos e pesquisas da International Longevity Centre Global Aliance, presente em 17 países) escalou nomes como Nico Schiettekatte, conselheiro de Inovação, Tecnologia & Ciências, diretor Executivo do Departamento, Holland Innovation Network, Dr. José Elias Pinheiro, presidente da Sociedade Brasileira de Geriatria e Gerontologia (SBGG), Elena Del Barrio, Fundación Matia, Espanha, Renato Veras, diretor da UnATI/UERJ (Universidade da Terceira Idade), Gabriel Patrocínio, professor da Fundação Getulio Vargas (FGV) e da Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ); e Emma Murphy, do Trinity College Dublin; Loic Garçon, da Organização Mundial de Saúde, Tom Kamber, PhD em Ciência Política pela UCNY (University College New York) e Professor de Empreendedorismo Social e Filantropia na Columbia University, fundador e CEO do OATS (Older Adults Techonology Services), que já treinou mais de 8 mil idosos em 80 cidades. Também participou do evento David Sinclair, pesquisador, consultor e especialista em políticas públicas para o envelhecimento e mudanças demográficas, e diretor do Centro de Longevidade Internacional do Reino Unido (ILC-UK).
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