Centro de Zoonoses de Diadema alerta sobre esporotricose em gatos

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* Antília Reis – Quem tem ou convive com gatos precisa ficar atento à saúde do animal, porque tanto o felino pode transmitir doenças entre os bichanos como passá-las à população. Uma dessas enfermidades é a esporotriose, causada por fungo, e que provoca feridas profundas em pele, cabeça, cauda e patas, muitas vezes com crostas. Outros sintomas são apresentar espirros e chiado ao respirar.

Em 2016, o Centro de Controle de Zoonoses (CCZ) de Diadema registrou 104 casos em gatos. Já nos primeiros quatro meses deste ano, foram 84 felinos doentes e um cão. Por isso, o CCZ alerta que o animal com suspeita de esporotricose deve ser levado a uma clínica. A doença é grave e o tratamento dura, no mínimo, seis meses.

O Centro de Zoonoses realiza coleta de material para exame laboratorial gratuito, de segunda a sexta-feira, das 9h às 16h. O resultado é comunicado posteriormente ao proprietário pelo animal ou veterinário responsável.

A médica veterinária e coordenadora do CCZ de Diadema, Carla Cruz, explica que o diagnóstico pode ser feito na maioria das clínicas veterinárias. “Por isso não abandone, maltrate ou sacrifique o animal com suspeita da doença. Procure tratamento e se informe sobre os cuidados para cuidar de seu animal sem colocar em risco sua própria saúde”, ressaltou.

Transmissão – A doença ataca principalmente gatos, mas cachorros também podem ser infectados. A esporotricose é transmitida para pessoas, quando o animal arranha ou morde. Se uma pessoa mordida ou arranhada começar a apresentar caroços ou feridas na pele, lesões profundas, geralmente com pus, que não cicatrizam e costumam evoluir rapidamente, deve procurar uma Unidade Básica de Saúde (UBS). O tratamento para humanos é o mesmo para gatos, com antifúngico por seis meses.

Confira as principais medidas de prevenção:
· Limpar bem o ambiente onde o animal permanece para evitar os fungos;
· Manter os animais doentes em isolamento até o final do tratamento;
· Limitar ao máximo o acesso à rua e, para evitar brigas, fazer a castração desde jovem;
· Usar luvas sempre que for lidar com o animal doente;
· Contatar o CCZ para encaminhamento de gatos mortos para que sejam enterrados em locais apropriados.


* Antília Reis é advogada, diretora na empresa Antília Da Monteira Reis Advocacia e presidente da Comissão de Proteção da Defesa Animal na Subseção de São Bernardo do Campo da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB/SBC)

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