Centro de Anomalias Craniofaciais do MPHU completa 10 meses de atividade

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Da Redação – O Centro de Anomalias Craniofaciais Congênitas e Fissuras Labiopalatinas do Mário Palmério Hospital Universitário (MPHU), em parceria com as Clínicas Integradas, completou 10 meses de atividades neste mês. Até o momento, foram realizadas 10 cirurgias, faltando apenas 5 procedimentos para a criação da série histórica necessária para o pedido de credenciamento.As cirurgias são realizadas no MPHU e o acompanhamento pós-operatório nas Clínicas Integradas da Uniube.

“Nesse período, já realizamos dez procedimentos cirúrgicos, com intervenções em bebês de seis meses até adultos de 39 anos. Além disso, temos alguns pacientes sendo atendidos em ambulatório para triagem e agendamento de cirurgia. Algumas mamães de recém-nascidos nos procuraram e estamos aguardando o tempo certo para a intervenção. O serviço está funcionando muito bem, esses pacientes, no mês seguinte às cirurgias, têm o retorno com os cirurgiões plásticos para, posteriormente, iniciarem o processo pós-operatório.

Alguns pacientes precisaram de atendimento odontológico e já passaram pelas clínicas, na odontopediatria ou ortodontia, e todos estão sendo amparados de forma multidisciplinar”, avalia o gestor dos serviços odontológicos da Uniube e gestor do projeto, Fernando Hueb de Menezes.De acordo com o diretor de serviços em saúde da Uniube, Iraci Neto, ter um Centro de Anomalias Craniofaciais é uma vontade antiga da instituição, através do Reitor Marcelo Palmério.

“Iniciamos em 2021 uma discussão sobre a implantação desse projeto, com uma visão mais planejada e técnica, dentro das diretrizes e normas estabelecidas para o pleito junto aos órgãos competentes. Fizemos a construção e elaboração do projeto de forma multiprofissional e intersetorial dentro da Instituição, o que nos deu um norte e uma perspectiva positiva de êxito na implementação. Agora, estamos a um passo de avançarmos no processo de habilitação junto a Secretaria Estadual de Saúde e Ministério da Saúde, seguindo todos os requisitos técnicos e normativos para a efetivação do serviço junto ao SUS”, pontua Iraci.

O tratamento de pacientes com fissura labiopalatina é um processo extenso e requer a colaboração de uma equipe multiprofissional. “Ao longo dos meses, tem sido gratificante ver o progresso alcançado no tratamento. Realizamos diversas cirurgias em pacientes em diferentes estágios do processo, obtendo resultados promissores. Muitos dos pacientes submetidos às cirurgias estavam com seus protocolos de tratamento atrasados devido às consequências da pandemia e à falta de um centro especializado na região de origem para tratar fissuras labiopalatinas. Além das intervenções cirúrgicas, prestamos atendimento ambulatorial a uma variedade de pacientes do Triângulo Mineiro e já temos cirurgias planejadas para os próximos meses”, declara o cirurgião plástico e especialista no tratamento de fissuras labiopalatinas e anomalias craniofaciais congênitas, Dr. Rodrigo Barboza Nunes.

Segundo o médico responsável pelo serviço, o diferencial do MPHU é sua sólida estrutura de apoio, que oferece aos pacientes um acompanhamento eficiente durante todas as fases de reabilitação. “A Instituição representa um grande avanço não apenas para Uberaba e região, mas também para todos os pacientes que enfrentam esse problema de saúde, visto que as fissuras lábio palatinas são as anomalias craniofaciais mais frequentes.

A maioria dos centros pelo Brasil surgiu a partir de associações de pais que estabeleceram serviços de pequena escala, atendendo a poucos pacientes e enfrentando diversas deficiências estruturais. O diferencial do Mário Palmeirio é que ele já surge respaldado pela Instituição, contando com todas as clínicas da universidade e aproveitando os recursos universitários. Isso permite um tratamento abrangente do paciente durante todas as fases necessárias, incluindo a solicitação de exames complementares. Em resumo, é um projeto que se destaca por sua abordagem diferenciada. Acredito que a certificação esteja próxima”, conclui o cirurgião plástico.

E a expectativa é que até setembro, as quinze cirurgias sejam realizadas, para que o pedido de habilitação seja enviado. “Não temos uma fila de espera extensa, e agora estamos em busca do credenciamento, e acredito que até setembro conseguiremos realizar as quinze cirurgias. Como já realizamos dez cirurgias, estamos programando, até o mês que vem, mais cinco procedimentos para chegarmos nas quinze cirurgias que precisamos para produzir a série histórica. Enquanto isso, já estamos preparando toda a documentação para buscarmos a habilitação junto ao Ministério da Saúde e, posteriormente, o reconhecimento pelo Estado de Minas Gerais no Programa Valora Minas, apoiador desse tipo de serviço”, finaliza Fernando Hueb.

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