Da Redação – O Centro de Controle de Zoonoses (CCZ) de Diadema registrou três chamados para retirada de escorpiões, na primeira quinzena de janeiro, nos bairros Parque Real/Centro, Casa Grande e Campanário. Em 2018, foram 10 denúncias em toda a cidade. Os acidentes aumentam na medida em que a população de escorpiões cresce e o verão, com altas temperaturas e umidade, favorece o aparecimento do animal peçonhento.
Para evitar que o escorpião vire um problema, a Secretaria de Saúde reforça a orientação aos moradores durante as visitas domiciliares das equipes do CCZ. “É necessário vedar frestas, tampar ralos e fissuras onde ele pode se esconder, além de evitar o acúmulo de lixo e sujeira para impedir a proliferação de baratas, o alimento preferido dos escorpiões”, alerta Andreia Garbin, responsável pela Coordenadoria de Vigilância à Saúde do município.
Ao encontrar o animal, não mate. Coloque-o num frasco com tampa furada, com algodão umedecido com água, identificado com nome do morador e endereço e leve à Unidade Básica de Saúde (UBS) mais próxima. Os escorpiões coletados são encaminhados para análise no Instituto Butantã. No ano passado foram recolhidos cinco escorpiões. Já neste ano, foram dois. A espécie encontrada na cidade é o Tityus bahiensis, ou escorpião marrom, que não tem sido associada a casos graves.
Ao ser acionada, a equipe técnica do Centro de Controle de Zoonoses realiza busca ativa e vistoria no local, além orientar sobre os cuidados a serem adotados. “É importante que os moradores de Diadema estejam informados quanto aos riscos relacionados à presença do escorpião e, mais que isso, conheçam as formas de prevenção de acidentes”, reforça o secretário municipal de Saúde, Luís Cláudio Sartori.
Entre os cuidados para diminuir o risco de acidentes estão: não colocar a mão em buracos, pedras e troncos podres sem proteção, inspecionar calçados antes de usá-los, examinar roupas penduradas em paredes antes de vestir, afastar móveis da parede e não deixar que roupas de cama e mosquiteiros cheguem ao chão. Para evitar que o bicho entre nas casas é importante acondicionar lixos em sacos plásticos fechados; vedar soleiras de portas, frestas e buracos em paredes e usar telas em ralos, pias e janelas.
O que fazer
Estão mais sujeitos a picadas os trabalhadores de madeireiras, transportadores e distribuidoras de hortifrutigranjeiros que manuseiam objetos e alimentos onde os escorpiões podem estar escondidos.
Quem for picado, deve procurar imediatamente o Pronto Socorro Municipal, pois o tempo entre a picada e a administração do soro influencia no quadro de saúde. Não é recomendável aplicar gelo sobre a picada de escorpião. A orientação é fazer compressa de água morna para aliviar a dor.
Os sintomas mais comuns são dor imediata, vermelhidão, inchaço leve e sudorese localizada. A gravidade de cada caso depende de fatores como espécie e tamanho do escorpião, quantidade de veneno inoculado, massa corporal do acidentado e sensibilidade do paciente ao veneno.
Serviço – Centro de Controle de Zoonoses (CCZ) de Diadema (Rua Ipoá, 40 – Inamar – Tel.: 0800 77 10 963)
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