Casas de Acolhida: cuidar do próximo em tempos de pandemia

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Da Redação – Acolher as pessoas em situação de vulnerabilidade social e oferecer um lar para a recuperação da dignidade! Em meio a pandemia da Covid-19, as Casas de Acolhida localizadas na Diocese de Santo André têm grandes desafios neste período de isolamento social, como forma de ajudar os mais carentes e protegê-los do risco de contágio.

As comunidades adotaram também protocolos de prevenção, como o uso de máscaras dos membros e dos acolhidos, as orientações para utilização de álcool gel, a lavagem das mãos com água e sabão, bem como evitar aglomerações num mesmo ambiente.

Diante das dificuldades para manutenção dos trabalhos e pagamento das contas, os espaços precisam do apoio e solidariedade das pessoas. As casas estão recebendo doações de alimentos, produtos de higiene e materiais de limpeza. Além disso, o Vicariato Episcopal para a Caridade Social também acompanha de perto as ações e demandas nas sete cidades do Grande ABC. Conheça os pontos de arrecadação e objetivos do órgão caritativo diocesano, através do link: https://bit.ly/2KG3QMs .

Saiba também o trabalho atualmente das Casas de Acolhida na Diocese:

Comunidade Católica São Padre Pio

A Comunidade São Pio de Pietrelcina acolhe atualmente 106 pessoas (79 adultos e 27 idosos), muitas delas em situação de rua e para tratamento de álcool e outras drogas, sendo ofertadas refeições, além de acompanhamento psicológico e médico. Os membros (missionários, consagrados e leigos) doam suas vidas aos irmãos acolhidos que buscam a restauração. Neste período de isolamento social, a casa segue as normas das autoridades civis e da área da saúde. No entanto, as atividades continuaram, com exceção das missas semanais que foram substituídas por celebrações ministradas por um consagrado da comunidade que tem formação de ministro da palavra. Com as visitas canceladas, mesmo com a queda nas doações, algumas pessoas costumam deixar alimentos nos portões, enquanto outros ligam para que as doações sejam retiradas. O fundador da Comunidade Pe. Pio, Moisés dos Anjos, acompanha de perto o trabalho exemplar da casa, que completou recentemente 11 anos de sua criação.

*Contato

Chácara Cidade dos Anjos – Estrada da Chiboca nº 34 – Bairro Zanzala, Riacho Grande, em São Bernardo, próximo ao retorno do Km 34 da Rodovia Anchieta. WhatsApp (11) 95000-2385 ou (11) 99709-7808.

Missão Belém

A Missão Belém é uma comunidade religiosa existente há 14 anos. Reconhecida pela Igreja Católica, no Grande ABC são atendidas cerca de 210 pessoas, sendo 130 em Rio Grande da Serra (80 na Chácara Aracele; 36 na Casa de Idosos e Enfermos; e 24 na Casa de Cursos para Formação Profissional) e 80 no Sítio Perpétuo Socorro, no Riacho Grande, em São Bernardo. Assim como em outras Casas de Acolhida, os espaços de convivência oferecem refeições, retiros e atividades espirituais, além de trabalho para a retomada da dignidade. Quem coordena os trabalhos da Missão Belém na região é Rodrigo de Oliveira, que afirma seguir todas as recomendações para evitar o contágio do vírus, como a distribuição de máscaras aos acolhidos e recomendações diárias de higiene.

Os irmãos e os idosos cumprem a quarentena e são orientados a não saírem dos sítios e das casas, bem como as visitas estão suspensas. Rodrigo agradece a solidariedade e diz que doações para manutenção das casas e dos sítios são fundamentais.

*Contato

Chácara Aracele, localizada na Rua Quinze de Novembro, 40, em Rio Grande da Serra. Contato pelo WhatsApp (11) 94242-2290.

Grupo Esperança Viva – Fazenda da Esperança

O Grupo Esperança Viva é uma extensão da Fazenda da Esperança na sociedade. São três grupos nas cidades de Ribeirão Pires, Mauá e Santo André que prestam acolhimento aos dependentes químicos e familiares para internação dos dependentes e acompanhamento das famílias. Durante o ano são realizadas a distribuição de alimentos, roupas e outros materiais. Segundo Eduardo Miranda, do GEV Mauá, durante o período de isolamento social, a Fazenda da Esperança/ GEV cedeu as vagas para acolhimento destes irmãos que buscam sair das ruas. Com todos os cuidados, os leigos foram até os albergues e praças oferecer acolhida aos irmãos, homens, mulheres e crianças. Deste então foram inúmeras viagens até Guaratinguetá para levar os que aceitaram a acolhida. Cerca de 40 homens e 8 mulheres do Grande ABC deram seu sim e começaram uma vida nova.

Eduardo ressalta que ainda há vagas para o acolhimento e que o GEV precisa de doações para a continuidade do trabalho de amor e cuidado com o próximo.

*Contato

Rua Francisca Lopes Gimenes, 235 -Jardim Mauá/Mauá. Também pelo WhatsApp: 95788-5564 com Eduardo.

Fraternidade O Caminho

Como Pastoral de Rua há quase dois anos na Diocese de Santo André, atua na entrega de alimentos, roupas e cobertores para trazer conforto e realizando acolhimento nas casas de passagem. Entretanto, durante a quarentena, as atividades externas foram suspensas. A única que permanece sendo realizada é a Pastoral de Rua que está sendo feita de acordo com as recomendações da Diocese e Ministério da Saúde, para garantir a proteção dos irmãos sem deixar de levar o alimento para os nossos filhos, segundo afirma o leigo consagrado Igor.

Durante esse período, a casa não está recebendo mais irmãos, para não colocar em risco a vida dos irmãos, dos missionários e dos filhos que já vivem na casa. Os irmãos continuam com as atividades internas, adorações, Santa Missa, orações, reuniões e acompanhamento dos filhos. Para ajudar nas despesas da casa, rifas, confecção de artesanatos (cruz de mão, mesa e pescoço, terços…) e outros artigos como camisetas e bolsas da comunidade para vendas.

*Contato

Pelo telefone: (11) 2677-7435 e no endereço para doações: (Rua: Alhambra, 119 – Jardim do Estádio, Santo André).

Fraternidade Casa de Assis

A Fraternidade Casa de Assis (Casa Betânia), se dedica ao acolhimento de moradores de rua, dependentes químicos e do alcoolismo, na busca de resgatar minimamente a dignidade perdida com o modo de vida em condições muitas vezes deploráveis embaixo de viadutos do município. Tem como principal objetivo a doação em prol dos menos favorecidos e excluídos da sociedade. Por isso, mesmo, a manutenção do local é feita por meio de doações, caridade e providência divina para pagamento do aluguel do imóvel e custos como água, energia elétrica, telefone e gás. Também recebem cestas básicas e produtos de limpeza.O guardião da casa, Irmão Adilson Pereira Lopes, afirma que a casa recebe atualmente 30 acolhidos que têm direito às refeições diárias (café da manhã, almoço e jantar) e participam de momentos espirituais, como a devoção mariana, por meio da reza de quatro terços. Todos os cuidados também são observados na higiene e orientações de distanciamento, a fim de evitar aglomerações. As doações são recebidas no portão.

*Contato

Rua Coimbra, 307 – Vila Pires, em Santo André. Telefone: 4451-7243.

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