Deputada estadual critica postura da montadora e deve se encontrar com o governador e pautar a liberação de créditos do ICMS à General Motors
Da Redação – Em uma ação planejada para defender os trabalhadores da montadora General Motors (GM), a deputada estadual eleita Carla Morando (PSDB) confirmou que vai procurar o governador João Doria (PSDB), cuja pauta será em torno da liberação da devolução de crédito de ICMS (Imposto sobre a Circulação de Mercadorias e Serviços) como um dos caminhos alternativos para destoar a crise, anunciada pela empresa, que passou falar sobre paralisar suas atividades no Brasil.
Com uma plataforma destacada para a geração e manutenção de empregos em seu mandato, Carla discorreu que a pauta estará também o secretário estadual da Fazenda, Henrique Meirelles, detalhando que o destravamento de créditos já havia sido aprovado junto ao governo do Estado, em agosto de 2017, na época sob gestão de Geraldo Alckmin (PSDB).
Na ocasião, o assunto foi avalizado pelo Consórcio Intermunicipal do Grande ABC, a Anfavea (Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores), Abinfer (Associação Brasileira da Indústria de Ferramentas), Abimaq (Associação Brasileira da Indústria de Máquinas e Equipamentos) e a Agência de Desenvolvimento Econômico do Grande ABC.
“A possibilidade de utilizar recursos tributários para a impulsionar a cadeia automotiva é fundamental. Infelizmente, no ano passado (governo sob gestão de Márcio França, PSB), este plano não teve andamento”, comentou Carla.
Com presença freqüente nas reuniões de secretariado, realizado semanalmente por Doria, a deputada enfatiza que a expectativa é de êxito em torno do plano, ressaltando o perfil do governador em trabalhar pelo desenvolvimento econômico, geração de emprego e alinhamento entre poder público e iniciativa privada.
“Poderíamos, inclusive, pensar em um comitê para debater o que o poder público eo setor privado podem fazer para melhorar a cadeira produtiva como um todo. Um comitê com deputados, governo do Estado, montadoras. Estou à disposição para colocar isso em prática.”
POSTURA CRÍTICA – Eleita para o seu primeiro mandato ao Parlamento no Estado, Carla Morando considera inadequada a postura da direção da GM. A montadora encaminhou comunicado aos funcionários relatando a chance de fechar as atividades na América Latina, alegando perda de lucro.
“Não achei a melhor maneira de se negociar. Poderia ser colocada a lista de problemas em uma mesa de negociação, todos conversarem e buscar o melhor entendimento. A GM. Foi a público e pediu isenção fiscal. Não é o correto”, pontuou a tucana.
“Além disso, quem em sã consciência fala em deixar o Brasil depois de investir R$ 1,2 bilhão e projetar R$ 13 bilhões para os próximos anos? “, questionou Carla.
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