Da Redação – O Consema (Conselho Estadual do Meio Ambiente) aprovou na manhã desta quarta-feira (27) o Estudo de Impacto Ambiental (EIA) elaborado pela Sabesp para transferir água da bacia do rio Itapanhaú para a represa Biritiba Mirim, integrante do Sistema Alto Tietê. Com isso, a licença ambiental prévia do empreendimento será liberada.
A obra de reversão na bacia do Itapanhaú tem como objetivo aumentar a segurança hídrica do Sistema Produtor Alto Tietê, que hoje abastece 4,5 milhões de moradores da capital e Grande São Paulo, e, por consequência, de toda a Região Metropolitana de São Paulo. O investimento previsto de R$ 170 milhões inclui a construção de uma estação elevatória de água, 6,5 km de adutora e estrutura para dissipação da água na várzea da represa Biritiba Mirim.
A capacidade de captação máxima será de 2.500 litros por segundo (l/s) e a média mensal será de até 2.000 l/s, respeitando a outorga definida e a disponibilidade hídrica da bacia. Ou seja: quando a vazão estiver alta e houver necessidade, bombeia-se a água. Com menor entrada de água, interrompe-se a captação.
Durante a reunião do conselho, o diretor de Tecnologia, Empreendimentos e Meio Ambiente da Sabesp, Edison Airoldi, apresentou o objetivo e as características da obra, ressaltando o trabalho de monitoramento ambiental que será realizado pela companhia para preservar a fauna e a flora do Parque Estadual da Serra do Mar e da restinga e mangues de Bertioga, onde o Itapanhaú deságua no mar.
A quantidade de água a ser retirada é pequena em relação à vazão média da bacia e não haverá impacto ambiental significativo. A Sabesp fará a captação a fio d’água (direto do rio), sem a construção de uma barragem, o que geraria o alagamento do entorno.
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