Candidata a deputada federal luta há 50 anos pelas pessoas com necessidades especiais

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A ativista pleiteia junto ao governo maior destinação de verba a fim de dar dignidade a essas pessoas

Da Redação – Superintendente da APRAESPI – Associação de Prevenção, Atendimento Especializado e Inclusão da Pessoa com Deficiência de Ribeirão Pires –, a candidata à deputada federal, Lair Moura, construiu sua história defendendo causas em apoio às pessoas com algum tipo de deficiência. Ao longo de cinco décadas, a ativista esforça-se para levar ao poder público as necessidades que esse público demanda nas questões físicas, intelectuais e sociais.

Lair é formada em direito e advogada de ofício. Para defender o direito das pessoas com necessidades especiais, a ativista requer mais verba. Para tanto, ela pleiteia constantemente junto às esferas governamentais aumento no repasse de verbas para o SUS (Sistema Único de Saúde), além de mais recursos financeiros.

Uma das lutas da candidata é na redução da fila de vagas especializadas. Na escola habilitada da APRAESPI, por exemplo, são atendidos 800 alunos diariamente. Apesar da relevância nos números, há ainda 600 crianças aproximadamente aguardando por uma vaga.

Uma das sugestões para mitigar esse problema está na construção de novas escolas especializadas, assim como um melhor aproveitamento do espaço em colégios antigos, com áreas adaptadas a todos os tipos de necessidades, que também devem ser ampliados.

A questão da inclusão desses indivíduos nas escolas é, além de urgente, necessária, acerca de vários quesitos que envolvem essas crianças estarem estudando regularmente. Além da ordem de obrigatoriedade, visto que é um direito assegurado que toda criança tem o direito de estudar, para essa parcela especial da população, o aprendizado vai além do conteúdo acadêmico, sendo essencial para o convívio em sociedade, contribuindo com a desenvoltura necessária que precisam.

De acordo com um estudo realizado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), há cerca de 17,3 milhões de pessoas (8,4% do total) com pelo menos um tipo de limitação relacionada às suas funções. Os dados salientam a profundez que há entre a presença destas pessoas no mercado de trabalho, nas escolas e nas faculdades comparadas àqueles sem nenhum tipo de deficiência – 67,6% desses indivíduos não possuem instrução ou mesmo concluíram o Ensino Fundamental, contra 30,9% sem deficiência. Os que possuem alguma deficiência mental figuram como os mais excluídos em todos os quesitos.

A ativista ressalta que deveria existir pelo menos uma associação por cidade ou em regiões próximas, visando atender mais pessoas com alguma necessidade especial. “Quando nasce uma criança com deficiência num lar o desespero é saber se vai ter ou não atendimento. Então, numa cidade onde você sabe que tem um atendimento especializado, a família já tem mais segurança para poder cuidar dessa pessoinha que está nascendo e que precisa de um atendimento especializado, e são muitos”, argumenta a candidata.

Um dos maiores problemas enfrentados pelas Santas Casas é a falta de recursos financeiros que, por consequência, se tornaram dívidas milionárias. Lair pleiteia junto ao conselho de saúde um aumento de 50% nos procedimentos e mais um incentivo, porque desde 2012 a tabela do SUS não sofre reajustes – são dez anos de defasagem.

Essa jornada de atenção à esse público vai além das inserções na educação, no mercado de trabalho e no atendimento às limitações individuais – adentra em abraçar a causa, em firmar um compromisso de seriedade e respeito que essas famílias precisam. Para tanto, o recurso público é o instrumento que precisa ser melhor gerenciado para viabilizar e atender essa demanda.

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