Coluna do dia 18/11/2015

Bispo Ronaldo de Castro acaba com a ‘farra’ no cafezinho do Legislativo andreense

O bispo Ronaldo de Castro, presidente da Câmara de Santo André, apesar de toda a linhagem evangélica e de sua forte atuação na comunidade cristã, tomou uma medida na sessão desta terça-feira que vai contra ao mais elementar princípio da solidariedade e do cristianismo: não se pode negar o pão a ninguém. Mas no caso em questão, como são todos os vereadores a se cotizar no rodízio para bancar o café dos parlamentares, nos intervalos das sessões, Ronaldo de Castro atendeu a pedidos de outros vereadores, que sugeriram que houvesse vigilância dos guardas patrimoniais da Câmara para impedir que os ‘famélicos’ se sentissem tentados a dar uma volta pelo plenarinho e se refestelar com as iguarias e quitutes do café. Se o presidente da Câmara é ou não é adepto do milagre da multiplicação dos pães, nem vem muito ao caso. O que ficou feio mesmo foi o deslocamento do guarda patrimonial Antoniel Carlos da Silva, que ficava à frente da porta que dava acesso ao plenarinho e à copa do Legislativo e a partir de ontem, somente às terças e quintas, justamente nos dias de sessão, ele mudou de posto e ficou no estacionamento embaixo do viaduto. À boca pequena correu a informação que o funcionário em questão é quem liberava o acesso dos ‘convidados’ dos gabinetes. Mas alguém parece ter esquecido de informar ao presidente Ronaldo de Castro e aos vereadores que são os próprios parlamentares ou seus assessores que adentram ao local com os convidados, e que acabam se rendendo ao pecado da gula. Imagine uma comissão sindical, com quatro membros do Sindicato, entrando para falar com um vereador, ou mesmo um grupo de três moradores de determinado bairro para falar com o outro? Realmente alguma coisa precisava ser feita. E ontem, diante da indignação geral pela cena de ver guardas patrimoniais vigiando uma sala de café, e até mesmo a proibição de assessores de entrar para falar com os vereadores, como foi o caso do ex-vereador Raulino Lima, foi divulgada uma outra informação e que parece mais crível: a de que funcionários administrativos e até assessores parlamentares foram vistos recolhendo o saldo da comilança, em caixas de papelão. Afinal estragar comida é um pecado ainda maior, e uma boquinha depois das 19h não faz mal a ninguém…

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Luiz Marinho prestigia lançamento de livro sobre associação médica de São Bernardo

O livro ‘A Casa do Médico – uma história de luta e conquistas’ foi lançado nesta terça-feira (17), na sede da Associação Paulista de Medicina Regional de SBC/Diadema, no Jardim das Américas, em São Bernardo. O evento contou com a presença do prefeito Luiz Marinho. A publicação comemora os 50 anos da entidade e homenageia os profissionais que participaram de seu desenvolvimento desde a sua criação. O conteúdo também traça um paralelo entre as atividades da Casa do Médico, que conta com 410 associados, e o crescimento de São Bernardo. “É importante que todos percebam a transformação pela qual passa a cidade, que conta com a participação da população”, disse o prefeito, ao parabenizar a iniciativa e a categoria dos médicos pelo importante trabalho em prol da saúde das pessoas. O livro foi idealizado na gestão do atual presidente da entidade, Marcelo Ferraz. “Esta publicação retrata as principais ações ao longo do tempo de nossa associação, que nasceu como sociedade dos médicos e chegou à atual constituição”, comentou Ferraz. A programação do encontro incluiu palestra de Nilton Molina, presidente do Conselho Nacional da Previdência Complementar. Ele falou sobre a reforma da previdência e as consequências sociais e econômicas do aumento da expectativa de vida do brasileiro. “O Brasil já foi um país jovem. Hoje, é mediano e, em breve, será velho”, disse. Eleuses de Paiva, representante estadual da entidade, também foi homenageado no evento.

CENTRO COMERCIAL 1

• O prefeito de São Bernardo, Luiz Marinho, assina quarta-feira (18), às 16h, no Salão Nobre do Paço Municipal de São Bernardo, a ordem de serviço para o início da construção do Centro Comercial do Conjunto Habitacional Silvina/Oleoduto. O espaço, com mais de mil metros quadrados, terá 19 unidades comerciais, de 16,8 m² cada, três sanitários para o público e um para uso restrito dos condôminos ou funcionários.

CENTRO COMERCIAL 2

• O Conjunto Habitacional Jardim Silvina é resultante do Projeto de Urbanização do Assentamento Precário Silvina/Oleoduto, que conta com recursos do governo federal, por intermédio da Caixa Econômica Federal. A intervenção faz parte do Programa de Urbanização, Regularização e Integração de Assentamentos Precários/PAC-1.

ATLETA DE OCASIÃO

• O vereador Eduardo Leite (PT de Santo André) perdeu parte da sua mobilidade por conta de uma séria contusão. Jogando basquete entre amigos, dias desses, ao saltar para pegar um rebote, Eduardo Leite, que jogou um ano como profissional e acabou tendo de abandonar as quadras por uma fratura similar, acabou pisando em falso e ao se chocar com um jogador do seu time acabou torcendo o joelho. Pelo visto, o vereador petista deve abandonar as quadras e se dedicar mais à política, já que a disputa por uma vaga no Legislativo andreense no ano que vem promete ser mais complicada do que seus treinos de basquete. E ele sabe disso. Tanto que para não sair de cena, Eduardo não se afastou e, amparado por muletas, vem dando o seu expediente normalmente no Legislativo andreense.

EU SOU VIP…

• Apesar de ter limitado o ingresso na sala do café aos vereadores, o presidente da Câmara de Santo André, Ronaldo Castro, fez questão de avisar aos guardas patrimoniais que o acesso estava liberado para os vereadores e para o secretário de Governo, Arlindo José de Lima. É que o braço-direito do governo Carlos Grana, além de ser habituê no Legislativo, por contas dos projetos do Executivo, também enfia a mão no bolso e se cotiza para custear uma rodada do café, de vez em quando…

PARCELAMENTO

• A Prefeitura de Ribeirão Pires reabre nesta quarta-feira (18) o Programa de Parcelamento e Quitação de Débitos deste ano (PPQ-2). Os interessados tem até o dia 21 de dezembro para quitar ou parcelar os débitos de impostos e outras dívidas, ajuizados ou não, desde que não tenham sido objeto do PPQ 2015-1 anterior, disciplinado na Lei Municipal 5990/15 que encerrou 6 de outubro. A negociação é ampla: podem ser negociados os débitos dos tributos municipais (ISS, IPTU, Taxas e Contribuições) e ainda outras dívidas não-tributárias como multas oriundas de autos de infração e preços públicos, com exceção das multas de trânsito.

Tucanos dizem que meta fiscal do Orçamento virou peça de ficção com flexibilização do déficit

Deputados do PSDB criticaram a aprovação, na Comissão Mista de Orçamento, do projeto que autoriza o governo a fechar o ano de 2015 com déficit primário de até R$ 119,9 bilhões. O PLN 5/15 substitui a meta inicial da Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) de 2015, de superávit primário de R$ 55,3 bilhões para a União e R$ 11 bilhões para os demais entes federados. Para o deputado Caio Narcio (MG), o que se viu em 2015 foi uma “trapalhada orçamentária”. “Assistimos a um governo despreparado, que legisla de maneira desorganizada. Depois de fazer todos os seus equívocos, manda um projeto de salvação para a CMO”, reprovou. O tucano diz que a aprovação do projeto passa a mensagem que o governo não precisa ter responsabilidade com as metas nem dar transparência ao orçamento. “Jamais houve tanta trapalhada numa peça orçamentária como estamos vendo agora. Aprovar esse PLN é um fracasso para o Brasil”, lamentou Narcio. A mudança nos valores foi pedida pelo governo por incapacidade em administrar as despesas, avaliam tucanos. O resultado primário da União até setembro foi deficitário em R$ 22,2 bilhões, o menor valor para o período, de acordo com série histórica iniciada em 1997. O relatório aprovado permite que o Executivo reduza seu esforço fiscal de modo a ampliar o déficit. O governo poderá acrescentar à sua meta até R$ 68,1 bilhões, caso sejam frustradas as receitas com concessões de usinas hidroelétricas (R$ 11,05 bilhões), e sejam pagas dívidas do Tesouro Nacional com o BNDES, FGTS, Banco do Brasil e Caixa Econômica Federal (R$ 57,01 bilhões). As dívidas do Tesouro ficaram conhecidas como “pedaladas fiscais” e estão entre os problemas apontados pelo Tribunal de Contas da União nas contas da presidente Dilma Rousseff relativas a 2014, que tiveram parecer pela rejeição no tribunal. O deputado Samuel Moreira (SP) acredita que a meta fiscal passa a ser “fictícia” quando o governo não toma atitudes para alcançá-la. “O governo não tem coragem de rever seus gastos, não tem atitude. Vamos continuar como se isso fosse normal?”, indagou. O deputado Domingos Sávio (MG) chegou a apresentar voto em separado por discordar do relatório. Para o tucano, a mudança radical da meta contraria a busca pelo equilíbrio nas contas e tenta regularizar o crime de responsabilidade fiscal de não cumprimento da meta.