Da Redação – Prevista no PNE (Plano Nacional de Educação), a Base Nacional Comum Curricular (BNCC) é fundamental para tornar a educação brasileira mais igualitária. Com a terceira e última versão divulgada, agora segue para apreciação do Conselho Nacional de Educação (CNE), onde deve ser debatida e aprovada até novembro deste ano.
Uma novidade é que a base agora lista também competências socioemocionais que os alunos devem desenvolver. Para Gilberto Alvarez, presidente da Fundação PoliSaber e diretor executivo do Cursinho da Poli, o documento é um avanço para a educação e não cedeu a pressões dos grupos conservadores. Por outro lado, o especialista em educação pondera a respeito dos caminhos para chegar a esses objetivos.
“Se olharmos para o corpo docente, para os gestores de escolas, coordenadores, sentimo-nos confortáveis em afirmar que eles mesmos estejam praticando o que prega o texto? Se não estão, como serão propagadores desses objetivos?” Na análise de Alvarez, o documento aponta desejos, mas não mostra alternativas que possibilitem chegar a eles.
Ele também destaca que o ambiente escolar carrega uma relação unilateral, com um professor que ensina e alunos que ouvem e repetem. “A escola não fomenta a inovação, pois é impulsionada por outros vetores que a fazem escapar daquilo que se pretende no texto”, argumenta.
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