Da Redação – O Banco Mumbuca, em Maricá (RJ), é um banco diferente. Criado por uma lei municipal e gerido por uma organização social, ele é um banco comunitário, responsável pela moeda social Mumbuca, que circula em praticamente todos os estabelecimentos comerciais da cidade.
Aceita em mais de 12 mil comércios locais, a moeda também é utilizada para o pagamento de benefícios municipais, como o Renda Básica e o Vale Refeição para servidores públicos municipais. A vantagem? Todo esse dinheiro acaba circulando na própria comunidade, estimulando pequenos negócios e fortalecendo a economia local.
Foi para conhecer de perto esta iniciativa que a Secretaria de Desenvolvimento Econômico e Trabalho de Diadema (SEDET) esteve em Maricá entre os dias 13 e 15 de maio. “Os comerciantes conseguem resgatar o valor das vendas à vista a taxas menores do que pagariam a outros bancos e operadoras de cartão, além de terem acesso a uma linha de microcrédito do próprio banco com juro zero,” explica Mariana Giroto, chefe da Divisão de Geração de Trabalho e Renda da Secretaria.
“Os recursos obtidos através das taxas cobradas por cada operação de compra com a moeda social retornam para um fundo do banco e são reinvestidas em novos programas de microcrédito que visam estimular a produção e o consumo locais, como, por exemplo, linhas de crédito para pequenos empreendedores locais que querem começar um novo negócio.”
Em todo o país, são mais de 120 instituições financeiras de caráter comunitário em 47 municípios, com 145 mil usuários cadastrados. A circulação de recursos com a intermediação dos bancos comunitários em todo o país superou R$ 1,1 bilhão de janeiro a dezembro de 2020.
“Tanto a moeda social quanto o banco comunitário estão no plano de governo do Filippi e essa visita faz parte dos estudos para sua implantação na cidade,” concluiu a técnica da pasta.
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