Autódromo da cidade de Mogi Guaçu (SP) recebe a antepenúltima etapa da temporada, em uma pista na qual os pilotos gastam 25% do tempo de volta usando os freios. Previsão do tempo aponta possibilidade de chuva
Da Redação – A Stock Car Pro Series se aproxima de seus momentos de definição na temporada 2021, uma das mais disputadas de sua história. No final de semana, a principal categoria do automobilismo brasileiro coloca os carros na pista para a realização da décima e antepenúltima etapa do campeonato, retornando ao técnico circuito do Velocitta, em Mogi Guaçu (SP).
Já é o momento em que pilotos e equipes começam a fazer seus cálculos pensando na disputa pelo título, pois após as corridas do interior paulista a Stock Car Pro Series segue para Santa Cruz do Sul (RS) no final de novembro e, em 12 de dezembro, acontece a definição do campeão com prova marcada para Brasília (DF).
E o final de semana em Mogi Guaçu começará com um novo líder do campeonato. Depois dos bons desempenhos nas provas de Goiânia, nas duas etapas anteriores, Gabriel Casagrande lidera a tabela com 278 pontos totais. Contando os descartes, ele soma 271 e se mantém momentaneamente em primeiro. Daniel Serra, que até a chegada a Goiânia liderava a classificação geral, soma agora 262, dos quais 249 são elegíveis no momento contando os descartes de seus piores resultados.
Rubens Barrichello é outro piloto que chega com bons prospectos ao Velocitta. Em junho, quando o autódromo recebeu uma rodada dupla com a terceira e a quarta etapa, o campeão de 2014 foi para os treinos ocupando a penúltima posição no campeonato com apenas dois pontos. Naquele final de semana, fez uma pole, dois segundos lugares, um quarto e venceu uma das corridas, saltando para o sexto lugar na ocasião. Agora, ele é o terceiro com 234 pontos (232 em se considerando os descartes).
A pista, conhecida por exigir bastante do conjunto de freios, especialmente dos discos Fremax e pastilhas Fras-le, tem dois pontos importantes de frenagem, nas curvas 1 e 8 (esta, conhecida como saca-rolha). Na primeira curva do traçado, os carros se aproximam a uma velocidade de 215 km/h e reduzem para 90 km/h no contorno da curva, e o fazem com uma frenagem que se estende por 170 metros reduzindo a velocidade em 125 km/h durante apenas quatro segundos, gerando uma desaceleração de 1,5 G.
No ‘Saca-Rolha’, os carros vêm em uma reta longa, em descida, carregando bastante velocidade e atingem 200 km/h no ponto de frenagem, no qual os pilotos reduzem para aproximadamente 90 km/h em 135 metros, tirando 110 km/h em 3,5 segundos com uma desaceleração de 1,4 G.
Uma volta completa no Velocitta dura pouco mais de 1min30s a bordo do Stock Car, e 25% do tempo de volta – cerca de 22 segundos – é gasto fazendo uso dos freios. Seletivo com subidas e descidas, o circuito oferece boas oportunidades de ultrapassagem, especialmente nas duas curvas onde os freios são mais exigidos, e com a previsão de temperaturas mais baixas durante o final de semana (mínimas de 10 graus e máxima de 24ºC), a refrigeração do sistema de freios torna-se um aspecto a ser bastante monitorado nas atividades de pista, uma vez que os discos de freio Fremax são feitos para trabalhos a temperaturas de até 720ºC, enquanto as pastilhas de freio da Fras-le suportam temperaturas de trabalho de até 840ºC.
A FRAS-LE e a FREMAX são as fornecedoras oficiais de pastilhas e discos de freio da categoria, respectivamente, e trabalham em conjunto com as todas as equipes do grid para assegurar o melhor desempenho, segurança, eficiência e confiabilidade. A Fremax é a fornecedora dos discos desde 2004 e a Fras-le, desde 2016.
Fala, piloto!
“É uma pista exigente com os freios. Logicamente, você tem uma prova bem longa, que hoje requer uma atenção maior. É uma pista que precisa de um equilíbrio maior. Não é de alta velocidade, mas precisa de bons freios. Como tem subidas e descidas, exige bastante do equilíbrio em freada e dos freios em geral”.
(Rubens Barrichello, Full Time Sports, Toyota Corolla, #111)
A pista do Velocitta na ótica da FRAS-LE & FREMAX
“O Velocitta tem uma belíssima estrutura e asfalto excelente. Seu traçado com 12 curvas e um bom mix de subidas e descidas. As freadas tornam-se mais técnicas e fortes nas descidas para que o piloto mantenha a trajetória correta e não perca tempo nas curvas. E devido ao fato de ser um traçado com retas curtas, os freios são ainda mais exigidos por haver menos tempo para refrigeração durante a volta, a qual se passa quase ¼ do tempo freando”.
(André Brezolin, engenheiro de projeto FRAS-LE & FREMAX)
Classificação do campeonato (Top-10)
Posição – piloto – pontuação (total com descartes)
1º – Gabriel Casagrande – 278 (271)
2º – Daniel Serra – 262 (249)
3º – Rubens Barrichello – 234 (232)
4º – Ricardo Maurício – 231 (228)
5º – Cesar Ramos – 218 (213)
6º – Ricardo Zonta – 210 (210)
7º – Átila Abreu – 205 (205)
8º – Thiago Camilo – 199 (199)
9º – Bruno Baptista – 184 (184)
10º – Allam Khodair – 171 (171)
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