Aumento nas contas de luz impacta residências e a indústria

Aniversário de reajuste das tarifas de energia elétrica é aprovado pela Aneel em uma média de 4,23% para consumidores de 24 municípios de São Paulo

Da Redação – Após muitos consumidores contestarem um valor mais alto em suas contas de luz em junho e julho, a Enel acaba de anunciar um aumento médio de 4,23% para consumidores de 24 municípios de São Paulo. O reajuste é devido ao aniversário das tarifas de energia elétrica, que sobem todo ano, aprovado pela Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), e passam a valer no sábado, dia 04 de julho. Em números exatos, os clientes em alta tensão terão um aumento de 6%, enquanto os de baixa tensão, 3,58%.

Apesar de as contas de luz ficarem com a bandeira verde até dezembro de 2020, o que pode parecer um “alívio” agora, deve preocupar no futuro, pois, os custos do empréstimo bilionário ao setor elétrico, junto aos bancos, para aliviar os impactos da crise atual, devem ser repassados para os consumidores de todo o país. De acordo com a Associação dos grandes consumidores de Energia (Abrace), a expectativa é uma alta de 20% nas contas ao longo dos próximos anos.

Segundo Wagner Cunha Carvalho, especialista em eficiência energética da W-Energy, maior empresa de economia de energia e água atualmente no mundo, sem o empréstimo, esse aumento seria de uma média de 12,22%, mas as consequências a longo prazo devem se refletir pouco a pouco nas contas dos consumidores, começando desde agora. “O preço da energia vai aumentar mesmo sem ter a ver com as termoelétricas, que influenciam as bandeiras tarifárias e o aumento comum das contas, isso por causa da inadimplência e do empréstimo realizado recentemente ao setor. Os juros gerados e a diferença do impacto, principalmente da indústria, que diminuiu o consumo por conta da pandemia, vai ser cobrado lá na frente nas contas de todos os consumidores, de baixa e alta tensão, para equilibrar o caixa”, revela.

O que se deve fazer é estar atento ao consumo, principalmente aos que passam mais tempo em casa em home office, por exemplo. Não se deve relaxar e esquecer as luzes acesas nos ambientes, aparelhos eletrônicos ligados por 24 horas, ar condicionado ou aquecedor em potência alta, entre outros. Atitudes não conscientes levam aos custos mais elevados novamente.

“A sustentabilidade agrega valor para empresas e residências. Hoje, além de economizar, é importante fazer a diferença para o meio ambiente. Isso ameniza as crises de recursos naturais e garante um futuro melhor para as próximas gerações”, finaliza.

Sobre Wagner Carvalho Cunha: Especialista em eficiência energética e hídrica, à frente da W-Energy, maior empresa de economia de água e energia do mundo. Professor, empresário e palestrante, pesquisou inovações tecnológicas em 15 países e treinou mais de 18 mil pessoas nos últimos 2 anos. É membro do Instituto para a valorização da Educação e da Pesquisa no Estado de São Paulo (IVEPESP) e participou ativamente do desenvolvimento da sustentabilidade em nosso país. Atualmente é considerado umas das mentes mais atualizadas em sustentabilidade no mundo. Site: www.wenergy.com.br