* Daniel Cunha Barbosa – Ameaças digitais estão em constante desenvolvimento. São golpes aplicados por e-mail, mensagem, telefonema e inúmeras invasões a dispositivos pelo mundo.
Diante disso, equipes de TI de diferentes empresas trabalham arduamente pela melhoria nos sistemas de segurança corporativos para que os clientes possam usufruir de todos os benefícios das tecnologias e não estejam expostos às ameaças.
Mas, ainda que o nosso trabalho seja imprescindível para que haja uma boa experiência durante a navegação por exemplo, há quem tenha ficado com uma ideia primitiva de que profissionais dessa área possuem como atribuições apenas a instalação de impressoras e formatação de computadores, conhecimentos imprescindíveis para o bom funcionamento de muitos ambientes, mas apenas uma pequena (bem pequena mesmo) parcela de um todo.
Eu sei que você provavelmente também já teve esse pensamento. A maioria de nós teve, é verdade. Mas isso porque, nos idos dos anos 1990, quando a internet chegava para inovar as rotinas de trabalho, lazer e tudo ao nosso redor, eram poucas as pessoas que possuíam conhecimento suficiente sobre essa “nova” área, a tecnologia da informação, e atividades como estas foram atribuídas aos profissionais que eram capazes de exercê-las.
De lá para cá, o profissional de TI passou a ser cada vez mais requisitado nas empresas. Fomos responsáveis por implantações de sistemas robustos para diferentes áreas de atuação profissional. Revolucionamos a maneira como o mundo faz compras, conversa com os amigos, assiste a um filme ou estuda. O que seria de todos nós, em pleno 2020, vivendo em um cenário de pandemia, se não fossem as “invenções” e aprimoramentos de dispositivos feitos por equipes de TI?
Há aqueles que prefiram seguir pelo caminho do desenvolvimento de aplicativos, sites e outras ferramentas usadas no dia a dia. Também existe a parcela de profissionais que vibra com a criação de peças e dispositivos palpáveis que podem gerar ainda mais facilidade na vida de quem os adquire.
E, mesmo sem sermos muito mencionados por aí, também estamos aqui: os pesquisadores. Somos nós que costumamos identificar, mais facilmente, possíveis ameaças que podem colocar a sua privacidade em grande risco. E, a partir disso, trabalhamos em conjunto com os demais profissionais para oferecer aquele produto que vai garantir sua segurança para que você aproveite as funcionalidades do seu dispositivo tecnológico favorito.
Fato é que, dentre as 1001 possibilidades das quais dispomos, é importante compreender a nossa função para além do técnico, mas também social. Só assim é que vamos, aos poucos, proporcionar um ambiente mais adequado e seguro para todos. Por isso, a constante qualificação e valorização desses profissionais é fundamental para o melhor desenvolvimento de recursos e conscientização sobre a segurança digital.
* Daniel Cunha Barbosa é especialista em segurança da informação da ESET no Brasil
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