Da Redação – O Conselho de Prefeitos do Consórcio Intermunicipal Grande ABC receberam nesta segunda-feira o presidente da Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos (Apex-Brasil), David Barioni Neto, que falou sobre iniciativas de fomento como o Projeto Extensão Industrial Exportadora (PEIEX). O executivo assumiu o compromisso de aproximação do órgão do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC) com a região.
“Por meio do PEIEX, capacitamos as empresas que querem exportar. O objetivo é estimular a competitividade e promover a cultura exportadora nas empresas, qualificando e ampliando os mercados para as indústrias iniciantes neste segmento”, afirmou Barioni Neto. Na região, o programa PEIEX, executado pela Fundação Vanzolini, firmou um acordo de cooperação com a Agência de Desenvolvimento do Grande ABC, para promoção da iniciativa com as empresas da região.
O presidente do Consórcio Intermunicipal Grande ABC e prefeito de São Bernardo do Campo, Luiz Marinho, colocou os municípios à disposição para colaborar com a Apex-Brasil e também para recepcionar equipes da agência. “Dentro de uma governança regional institucionalizada, a Apex pode ser uma grande parceira estratégica na nossa região”, afirmou.
O presidente da Agência de Desenvolvimento Econômico e prefeito de Mauá, Donisete Braga, declarou que as propostas da Apex-Brasil vão contribuir para o fortalecimento das exportações na região e para criar uma condição motivadora para os empresários. “A tentativa é buscar a equação, um sentimento de inspiração motivadora para fortalecer as indústrias e, consequentemente a isso, apresentar para a região a perspectiva de crescimento para que saiamos dessa crise que nos tem incomodado muito”, disse.
O presidente da Apex-Brasil manifestou a intenção da entidade de estar mais presente no ABC, por meio do apoio a um número maior de empresas na região. De acordo com dados da Apex-Brasil, a entidade apoiou 119 empresas da região do ABC em 2015, totalizando exportações de US$ 662,5 milhões. “O valor representa 1,45% das exportações totais do Estado de São Paulo e 13,47% das exportações do ABC. Queremos melhorar esses números” disse.
David Barioni Neto cogitou ainda a criação de um escritório da Apex-Brasil no ABC, estabelecendo uma relação mais próxima da entidade com a região, e a participação de empresas das sete cidades em missões realizadas em outros países. “Já atendemos a região, mas ainda há muito que fazer no apoio às empresas. Podemos ajudar capacitando as empresas para exportação. A Apex pode levar, depois, esses negócios para eventos mundiais e ajudá-los em um de nossos nove escritórios pelo mundo a abrir filiais fora do Brasil”, explicou.
Plano Diretor Regional – O primeiro produto do Termo de Cooperação Técnico Científico (TCTC) envolvendo o Consórcio Intermunicipal Grande ABC e Universidade Federal do ABC (UFABC), para elaboração do Plano Diretor Regional foi apresentado durante a assembleia mensal de prefeitos na manhã de hoje (11). O coordenador do trabalho pela Universidade, Jeroen Klink, expôs a fase atual, de diagnóstico e os desafios futuros, uma vez que o cronograma prevê entrega do projeto até o início do próximo ano.
Já foram realizadas visitas técnicas, coleta, levantamento e análise de dados, conversas com gestores das sete cidades, além de cruzamento com pesquisas da UFABC. O resultado foi a definição de conteúdo em sete capítulos e anexos, levando em conta a caracterização do território do ABC, a reestruturação produtiva e a nova economia regional com seus desafios, a estruturação urbano-regional (centralidades, eixos e polos) a questão ambiental e os instrumentos para o planejamento e gestão do território.
“A legislação que norteia o uso e ocupação do solo nem sempre é articulada e apresenta lógica sistêmica no ABC. Portanto, existe um desafio importante para a próxima etapa do trabalho”, disse Jeroen Klink, exemplificando as dificuldades do estudo. Entre os temas emergentes o coordenador destacou justamente a regulação do uso e ocupação do solo como função pública de interesse comum; trabalhar os conflitos e convergências e inserir o Plano Diretor Regional no espaço urbano e metropolitano.
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