Da Redação – Um autômato (robô que reproduz movimentos) que está sendo criado por alunos da Escola Municipal de Educação Básica (Emeb) José Luiz Jucá, no Bairro Santa Terezinha, vai desfilar na Mostra Nacional de Robótica, que acontece em novembro deste ano em Pernambuco, em local a ser definido.
A apresentação será realizada por cinco alunos como resultado de premiação concedida pelo Centro Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq) ao bom desempenho dos estudantes nos trabalhos práticos de informática.
A produção dos pequenos artistas – são alunos dos 4º e 5º anos do Ensino Fundamental I – foi descoberta no ano passado, na Mostra Nacional de Robótica, em Uberlândia-MG, com a exposição de robôs, lanternas, entre outros equipamentos. Após esse evento, eles foram indicados para receber o prêmio do CNPq, que identifica e estimula jovens talentos.
Essa conquista é resultado de trabalho realizado na escola na área de informática e tecnologia. “Começamos a perceber o interesse dos alunos e o sucesso das experiências nas mostras da própria escola, que tinha como base o projeto de brinquedos eletrônicos”, disse a diretora Graziela Bertoluci Braz.
“Fazemos experimentos, além das tradicionais construções em Lego. As crianças aprendem a fazer programação para que os robozinhos se movimentem”, explicou a professora tutora do projeto, Ana Cláudia Gomes.
Empenho – O reconhecimento e a participação em Pernambuco tiveram início com a etapa regional da Olimpíada Brasileira de Robótica (OBR), do ano passado, que aconteceu no Centro Universitário FEI, campus São Bernardo, competição para a qual a escola se inscreve todos os anos. Lá, os alunos apresentaram um robô que simula o resgate de um ser humano após ultrapassar vários obstáculos. Depois dessa exposição, as produções dos alunos foram indicadas para participar da Mostra Nacional, realizada em novembro de 2015, em Uberlândia-MG.
“A viagem foi consequência da boa avaliação, por uma comissão específica da Mostra Nacional de Robótica, do desenvolvimento dos alunos e da indicação para concorrer à bolsa de iniciação científica júnior do CNPq”, explicou Ana Cláudia. Com a bolsa, eles têm ajuda de custo de R$ 100 por mês e o acompanhamento de coordenador universitário para projetos próprios.
Além do avanço na área de informática – já que por meio de ferramentas específicas os alunos têm de aprender a fazer programação -, por trás da experiência está o aprendizado em várias áreas do conhecimento, como matemática e física.
Aposta – Com o aumento do interesse dos alunos pelo tema, a escola decidiu avançar no projeto de laboratório de informática. De acordo com a diretora, o diferencial da escola em relação a outras da rede foi a criação, no ano passado, do clube de robótica e eletrônica, custeado com verbas da Associação de Pais e Mestres (APM). No total, 40 alunos participam de aulas específicas no contraturno escolar. “Foi a solução para aprofundar o conhecimento e dar mais visibilidade ao trabalho dos alunos”, disse Ana Cláudia. AInda de acordo com ela, este ano foram adquiridos seis kits de robótica com arduino (placa controladora para programação).
“Sempre apostamos no projeto de laboratório, mas não esperava uma projeção desse nível, com os nossos alunos nos representando em Pernambuco. Eles se envolvem e têm muito interesse”, afirmou a diretora.
Júlia Ribeiro Rodrigues, Kauan Victor, Kayque Oliveira Soares, Isabela Victória Custódio da Silva, Kelly Souza do Nascimento e Nikolas da Silva Alves, todos entre nove e 10 anos, são alguns dos alunos dos clubes de robótica e eletrônica e concordam que os projetos trazem cada vez mais aprendizagem e novas experiências. “É muito divertido, a gente vê como funciona um sistema eletrônico e vê o robozinho andar. É muito legal!”, disse Kauan.
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