Alex defende competitividade do setor químico para gerar emprego

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Da Redação – Presidente da Frente Parlamentar da Química, o deputado federal Alex Manente comandou nesta quarta-feira encontro com empresários, representantes do setor e integrantes do Ministério da Economia. Foram discutidas medidas para melhorar a competitividade da indústria brasileira e a inserção internacional da economia do País.

“Nesses debates, temos avançado em temas fundamentais, como a redução do preço do gás natural no Brasil, muito importante para a indústria. Não podemos imaginar que o Brasil, que é um dos maiores produtores dessa matéria-prima, seja também um dos maiores custos para a indústria e para o consumidor em seus derivados”, observou Manente, ao ressaltar a parceria da FPQuímica com a Abiquim (Associação Brasileira da Indústria Química).

O parlamentar ressaltou ainda que aposta no potencial da indústria brasileira para o País voltar a crescer e se desenvolver, criar emprego e renda. “Para isso acontecer, tem de haver condições de competitividade, com custos acessíveis e, de fato, uma desburocratização para avançarmos no processo de globalização.”

Empresários expuseram suas necessidades para alavancar o setor. Integrantes do governo se mostraram receptivos para análise dos pedidos. “Temos alguns aspectos a discutir. Por exemplo, exportamos para os Estados Unidos e temos uma taxa de raio-X para cada contêiner. É claramente uma barreira não tarifária, absurdamente cara”, disse o vice-presidente da Basf, Antônio Lacerda, ao apontar a necessidade de aliar medidas de abertura comercial e redução do ‘Custo Brasil’.

Já o presidente da consultoria GO Associados, Gesner Oliveira, afirmou que há rigidez maior de adequação de oferta e demanda, o que torna, entre outros fatores, os preços dos produtos químicos sazonais. “Gera pressão grande sobre valores de produtos em várias regiões do mundo e tendência de dumping (venda com preços abaixo do mercado) muito forte. Isso requer atenção especial, já que temos pela frente o novo mercado de gás.”

Carlos Pio, secretário-executivo da Câmara de Comércio Exterior (Camex), afirmou que um dos principais objetivos do Ministério da Economia é colocar a política comercial no centro da política econômica. “Isso exige muita articulação e diálogo, com o objetivo de promover a abertura econômica. O setor químico pode servir de exemplo daquilo que efetivamente podemos fazer. Eliminar o protecionismo comercial é o objetivo positivo em si mesmo. O setor tem de nos trazer suas demandas de forma clara. O que querem que deva ser barateado pra aumentar a competitividade? Quais tecnologias, quais insumos, quais produtos? O que beneficiaria o setor químico?”, expôs o secretário.

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