Da Redação – As agentes comunitárias de saúde de São Bernardo estão intensificando a busca ativa por gestantes no município. A ideia é que as grávidas deem inicio ao pré-natal o mais cedo possível, sejam orientadas e tirem dúvidas sobre o zika vírus. Até o momento, São Bernardo não tem registro de casos autóctones da doença.
A busca ativa é uma das diretrizes da rede de Atenção Básica do município e, no momento, cerca de 4,5 mil gestantes fazem o acompanhamento de pré-natal nas Unidades Básicas de Saúde (UBS). Durante o pré-natal, são realizadas, em média, seis consultas médicas, além de exames de sangue e ultrassonografia.
A apoiadora técnica do Departamento de Atenção Básica, Patrícia Dias Gomes Bráz, explicou que não é necessário fazer mais exames ou consultas. “Iniciar o pré-natal o mais cedo possível, além de ser bom para a mãe e para o bebê, também é o momento em que a gestante pode sanar dúvidas e receber orientações”, disse.
Uma das orientações é a necessidade de eliminar dos criadouros do mosquito Aedes aegypti, transmissor da dengue, zika e chikungunya, com uso de repelentes e instalação de telas em portas e janelas das residências.
“Os repelentes indicados são os aprovados pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa). A gestante deve estar atenta ao intervalo de aplicação: em alguns produtos, o intervalo é de duas horas, mas há também com intervalo de 10 horas. O médico deve ser consultado antes da compra”, explicou a apoiadora.
A zika é uma doença causada pelo zika vírus, transmitido pela picada do mesmo mosquito da dengue e da chikungunya, o Aedes aegypti. Os sintomas da doença podem variar de pessoa para pessoa, mas geralmente são: manchas vermelhas no corpo, coceira leve e vermelhidão nos olhos. Também pode surgir dor leve a moderada nos músculos e articulações.
Patrícia lembrou que cerca de 80% dos casos apresentam sintomas leves da doença e, graças a isso, a pessoa pode até não notar que está contaminada. “Por isso, esse acompanhamento mais próximo das gestantes é importante. Caso sinta algum desses sintomas, o recomendado é procurar uma UBS ou uma Unidade de Pronto Atendimento (UPA)”, enfatizou.
Os casos de microcefalia podem estar relacionados ao zika ou a outras condições médicas. Trata-se de uma malformação congênita em que o cérebro não se desenvolve de maneira adequada. Os bebês nascem com perímetro cefálico (PC) menor que o normal, habitualmente superior a 33 centímetros. Pode ser causada por diversas situações: ingestão de medicamentos contraindicados na gravidez, radiação, vírus, bactérias ou exposição a substâncias tóxicas (drogas ilícitas, álcool, inseticidas, tabagismo etc).
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