Da Redação – Durante todo o mês de novembro, a Prefeitura de Diadema vai realizar uma busca ativa de pacientes com lesões de pele que possam ser sintomas da hanseníase. Durante as visitas domiciliares, os agentes comunitários de saúde vão orientar a população sobre sintomas, prevenção e quando procurar a Unidade Básica de Saúde (UBS). Para isso, os profissionais participaram, durante todo o mês de outubro, de capacitações e palestras sobre a doença.
“Esse mês terá a intensificação da busca de moradores com suspeita de hanseníase. É importante para que possamos identificar os casos precocemente e iniciar o tratamento. Para isso, os agentes estão capacitados para orientar a população”, afirma a coordenadora de Vigilância à Saúde, Andreia Garbin.
A hanseníase é uma doença crônica e a contaminação se dá pelas vias aéreas. Ela não se contrai de imediato. É necessário um contato constante com o portador do Mycobacterium Leprae, bacilo causador da hanseníase. Apesar de a contaminação ser por vias aéreas, a doença não se refere ao sistema respiratório e atinge a pele e os nervos do sistema periférico, causando manchas na pele, diminuição de sensibilidade, dormência e fraqueza nas mãos e nos pés. Caso apresente sintomas parecidos, o morador deve procurar a UBS em que está cadastrado e comunicar a suspeita da doença.
A transmissão é interrompida a partir do início do tratamento, por conta da poliquimioterapia, que evita que o bacilo crie resistência aos medicamentos utilizados. A administração do número de doses e da quantidade de medicamento são ajustadas de acordo com a idade, peso e restrições de cada paciente. O acompanhamento correto e disciplinado resulta na cura da doença.
De acordo com os dados da Secretaria de Saúde, Diadema tem 11 munícipes portadores da doença, dentre esses, três são casos novos, descobertos neste ano. Os pacientes já estão em tratamento, que acontece a cada 28 dias na Atenção Especializada, no Quarteirão da Saúde.
Mutirão – No dia 15 de dezembro será realizado o Mutirão de Diagnóstico da Hanseníase, no qual todos os casos suspeitos durante a busca ativa de novembro passarão por uma avaliação diagnóstica com médico sanitarista e dermatologista. “É importante que haja essa integração das unidades de Saúde. Nossa preocupação é com os moradores que ainda não foram diagnosticados com a doença, mas a possuem e o objetivo é detectar e tratar a hanseníase precocemente”, adverte a enfermeira Denise Falcão, uma das responsáveis pelo tratamento de hanseníase.
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