A ‘facada no pé’ e o efeito emocional nas eleições

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* Gabriel Clemente – Como o mundo todo já sabe, o candidato à presidência pelo PSL (Partido Social Liberal), Jair Messias Bolsonaro, número 17 nas urnas, foi vítima de uma tentativa de homicídio, por meio de uma facada, enquanto fazia ato popular de campanha, em Juiz de Fora (MG).

Felizmente, recupera-se bem e o seu estado de saúde é estável, de acordo com a equipe médica do hospital Albert Einstein, em São Paulo.

Antes dessa lamentável ocorrência, ele já liderava bem as pesquisas de intenção de voto, pois Lula segue preso e inelegível na Superintendência da Polícia Federal, em Curitiba (PR), mesmo depois de uma infinidade de recursos no Judiciário.

Certamente, esse atentado contra a vida do capitão do Exército presidenciável influenciará de forma decisiva no resultado da eleição. Afinal, mexe com o emocional do eleitor, principalmente de quem ainda está indeciso.

Seria como se, hoje, Bolsonaro tivesse se tornado um ‘mártir’ contra toda a roubalheira e corrupção desvendadas pela operação “Lava Jato” que, felizmente, começaram a vir à tona há 4 anos. Pilhagem de estatais, recebimento de cifras milionárias de propinas de empreiteiras em contratos públicos e o próprio enriquecimento ilícito do “Messias” petista Lula que, com toda a justiça, está atrás das grades em uma cela de luxo, diga-se de passagem.

Jair Bolsonaro é muito rotulado há tempos pela esquerda, talvez por que nunca tenha sido citado em escândalos de corrupção. “Homofóbico”, “misógino” (aversão a mulheres), “racista”, entre outras acusações são, diuturnamente, “coladas” à sua figura pela esquerda brasileira até pela ausência de outros “argumentos”.

Pergunto: Bolsonaro já agrediu alguma mulher ? Que eu saiba, não. Já agrediu gays ? Que eu saiba, não. Já agrediu negros, judeus ou pessoas de outras raças e etnias ? Que eu saiba, não. Isso nunca foi noticiado pela grande imprensa. Bolsonaro possui sim uma língua bem “afiada” e rebate com ironia e inteligência toda e qualquer hipocrisia ventilada neste país.

Seu pensamento para responder à altura é rápido e preciso. Na verdade, o que ocorre é que, talvez, ele seja sincero demais e responde, sem medo, até com certo sarcasmo, às ofensas e à rotulagem injusta que recebe.

Neste país, ser sincero demais é muito perigoso. Geralmente, as pessoas não gostam de ouvir a verdade, mas, felizmente, há uma boa parcela de brasileiros que pensa diferente.

Bolsonaro não é o salvador da pátria. Hoje, só representa uma esperança de dias melhores, de ordem e de respeito no trato com o dinheiro público. Aliás, já deixou bem claro, em várias entrevistas, que não acabará com o ‘Bolsa Família’ por razões humanitárias.

Segundo o presidenciável liberal, o benefício só será pago a quem realmente precisa, após ser feito um “pente fino” para evitar fraudes. Não tenho a menor dúvida de que essa tentativa contra a sua vida o colocará ainda mais à frente nas pesquisas.

Como já disse acima, é bem capaz de se tornar um ‘mártir’, um ‘heroi nacional’ nas mentes dos eleitores. Nesta semana, sairá nova pesquisa. Aí, já poderemos sentir o efeito desse crime junto à opinião pública.

 * Gabriel Clemente é jornalista graduado pela Universidade Municipal de São Caetano do Sul (USCS). Atuou como repórter da Rádio ABC, trabalhou em assessoria de imprensa política e na comunicação institucional do Centro Universitário Fundação Santo André (FSA)

 

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