* Rodrigo Luchtenberg – A pandemia do Coronavírus se tornou uma preocupação mundial. Entretanto, em meio a esse cenário de insegurança, a tecnologia tem oferecido diversas soluções para combater a Covid-19, fazendo muita diferença para os negócios e para a população em geral.
Um exemplo é o que a computação em nuvem (em inglês, cloud computing) vem oferecendo aos hospitais de campanha, para que seus sistemas possam operar em poucas semanas. Com essa tecnologia se amplia a capacidade instalada das unidades hospitalares, de forma escalável, aumentando a capilaridade do atendimento à doença.
Outro ponto importante é a informação. Hoje em dia, temos a internet como um dos principais meios de compartilhamento de dados, além de aplicativos com o propósito de conter o avanço do Coronavírus. Soluções que possuem desde funcionalidades de agendamento de consultas em caso de suspeita da doença, até funcionalidades que informam como evitar uma possível contaminação, levando para a população aspectos importantes da pandemia. Sem falar na tecnologia aplicada à saúde, que ajuda na rápida identificação do diagnóstico desta doença em casos suspeitos.
O hospital digital, por exemplo, é pauta dos gestores de instituições de saúde de todo o mundo. E, para que isso aconteça, muita tecnologia precisa ser investida nesta jornada de transformação. Desde a implantação de sistemas aderentes às necessidades de cada negócio, bem como a infraestrutura que suportará o crescimento desta instituição. A computação na nuvem, por exemplo, veio para disponibilizar os sistemas em uma infraestrutura escalável, que pode aumentar o poder de processamento conforme a demanda da entidade.
Garantir a continuidade do negócio em um hospital é fundamental. A interoperabilidade da informação do paciente que passa pelos diversos consultórios, clínicas de exames e outras áreas das instituições de saúde é um sonho que só é realizado se a tecnologia for orquestrada da melhor forma possível. Portanto, a tecnologia é a única capaz de trazer as evoluções que a saúde precisa.
A telemedicina também ganhou ainda mais força em tempos de coronavírus. A solução é uma das ações adotadas pelas instituições de saúde para ajudar no combate a Covid-19 no Brasil. A tecnologia contribui para diminuir o fluxo de pessoas nas unidades de saúde e ajuda os profissionais da saúde a monitorarem os pacientes diagnosticados com o Coronavírus, avaliando e dando orientações para as pessoas. Além disso, a telemedicina também auxilia os pacientes que possuem algum doença crônica, evitando que essas pessoas sejam expostas ao vírus.
Entretanto, é importante lembrar que, mesmo a tecnologia sendo uma importante aliada no combate ao Coronavírus, é preciso ficar atento para não ferir a proteção de dados individuais, elemento essencial da Lei Geral de Proteção de Dados, ou simplesmente, LGPD. A proteção de dados sempre precisou existir, mesmo antes da atual pandemia. O cuidado com o fluxo da informação dos usuários que manipulam os dados de pacientes é feito por meio de processos bem implantados e de sistemas de informação que atendam as necessidades de cada instituição hospitalar. Ou seja, não é somente papel da tecnologia proteger os dados sensíveis dos usuários atendidos, mas sim de todas as pessoas que manipulam esses dados.
No cenário da pandemia do Coronavírus fica mais difícil instituir um processo completo que protege a informação, principalmente, diante do cenário de que se está tentando salvar o maior número de vidas possível. No que se refere à responsabilidade dos sistemas de informação, já existem vários mecanismos de proteção aos dados para que este vazamento não ocorra. E, portanto, a tecnologia pode muito ajudar nisso, mas será sempre uma responsabilidade compartilhada com os usuários que a manipulam.
Finalmente, é importante ressaltar que o investimento em tecnologia sempre foi e sempre será importante, mesmo depois que a pandemia acabar. No contexto do Coronavírus, os investimentos servem, principalmente, para possibilitar às empresas disponibilizar o trabalho remoto de seus colaboradores. Contudo, o foco do investimento será na transformação que o mercado sofrerá por conta deste evento global de pandemia.
* Rodrigo Luchtenberg é Diretor de Serviços e Tecnologia da Indyxa, empresa especializada em infraestruturas para missão crítica
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