Da Redação – Sabemos a importância do estudo, da cultura, e da necessidade da volta às aulas. No entanto, considerar que o ano acadêmico presencial está perdido é apresentar uma reflexão sensata e coerente sobre o atual cenário. O retorno dessas atividades apresenta um paradoxo: a necessidade do ensino x o risco de um exponencial aumento da transmissão viral”.
A Universidade de Granada, na Espanha, afirma que colocar 20 alunos em uma sala de aula é trocar mais de 800 informações de vírus a cada dois dias. O dilema não deve existir, o momento é de ponderação absoluta. Assim como a educação é de extrema importância, a reclusão escolar e o isolamento são necessários para o combate a pandemia do novo coronavírus.
Pensando nisso, o psicólogo e escritor Alexander Bez analisa o cenário e reforça a importância da conscientização. “A volta as aulas podem nos fazer retroceder meses de contenção e esforço para controlar a pandemia. A vontade da volta à rotina normal, ao estudar, mixa-se entre o risco real do contágio. Além desse real aumento exponencial de transmissão viral, a ansiedade escolar pode acabar gerando distração, agitação e confusão, prejudicado o rendimento”.
Ele vai mais longe, contrariando técnicos burocratas. “Controlar a ansiedade das crianças, agora, é o mais prudente. O retorno precoce geraria insegurança e aumentaria a ansiedade em relação à preocupação com a Covid-19 e o desejo imediato de reconhecer o ambiente escolar como era, sem máscaras ou distanciamento”, defende o especialista.
Essa ‘preocupação’, mesmo a nível inconsciente, limitaria a capacidade de concentração, diminuindo a absorção dos conceitos e provocando um aprendizado comprometido e talvez ineficaz.
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