Toda a minha solidariedade ao grafiteiro brasiliense Pedro Sangeon, agredido e humilhado em uma abordagem policial em Brasília, simplesmente por tentar exercer sua arte, por expressar sua crítica social.
Sangeon representa cada grafiteiro que tem sido perseguido neste imenso país, ora por abordagens violentas ora por governos que simplesmente passam uma tinta cinza sobre sua arte, como na Avenida 23 de Maio, na Capital Paulista, em 2017, num dos primeiros atos da fugaz administração de João Dória na prefeitura paulistana.
Entendo que a arte é uma forma de liberdade do ser humano, tão enquadrado a moldes pré-definidos que nos ditam comportamentos, modas, desejos. A arte é o questionamento desses compromissos assumidos ao longo da vida e que nem sempre nos fazem realizados; é um olhar novo sobre aquilo que insistimos em ver sempre igual.
Talvez por isso a arte e os bons livros estejam sempre na lista dos mais perseguidos. Destroem-se obras, queimam-se livros, censuram, sobretaxam e perseguem artistas, educadores e escritores na tentativa de fazer calar a expressão da liberdade.
Resistir é mais do que necessário, e a arte é a mais bela forma de resistência e seguirá sendo. Todo o nosso apoio.
Márcia Lia (Deputada estadual pelo PT-SP)
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