MAM leva obras de seu acervo para as ruas da cidade de São Paulo

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Ação propõe expandir as fronteiras do Museu para além do Parque Ibirapuera, e busca atingir público diverso; obras de artistas brasileiros, de Tarsila do Amaral a Regina Silveira, serão espalhadas pela capital paulista

Da Redação – Incentivar e difundir a arte moderna e contemporânea brasileira, e torná-la acessível ao maior número possível de pessoas. Este é um dos pilares que regem o Museu de Arte Moderna de São Paulo e é também o cerne da ação inédita que a instituição promove nas ruas da cidade. O MAM expande seu espaço físico e, a partir de 18 de agosto, leva obras de seu acervo para painéis de pontos de ônibus e projeções de escala monumental em edifícios do centro de São Paulo.

A ação MAM na Cidade reforça a missão do Museu em democratizar o acesso à arte e surge, também, como resposta às novas dinâmicas sociais impostas pela pandemia.

“A democratização à arte faz parte da essência do MAM, e é uma missão que desenvolvemos por meio de programas expositivos e iniciativas diversas, desde iniciativas pioneiras do Educativo que dialogam com o público diverso dentro e fora do Parque Ibirapuera, até ações digitais que ampliam o acesso ao acervo, trazem mostras online e conteúdo cultural. Com o MAM na Cidade, queremos promover uma nova forma de experienciar o Museu. É um presente que oferecemos à São Paulo”, diz Mariana Guarini Berenguer, presidente do MAM São Paulo.

Ao longo de duas semanas, MAM na Cidade apresentará imagens de obras de 16 artistas brasileiros espalhadas pela capital paulista em 140 painéis em pontos de ônibus. São trabalhos emblemáticos de Amélia Toledo, Bárbara Wagner, Berna Reale, Cildo Meireles, Cláudia Andujar, José Antônio da Silva, Maureen Bisilliat, Mário Cravo Neto, Mídia Ninja, Nelson Leirner, Regina Silveira, Rosana Paulino, Rosângela Rennó, Tarsila do Amaral, Tomie Ohtake e Waltércio Caldas.

As obras serão acompanhadas por QR Codes, no qual o espectador será direcionado para um podcast no Spotify com áudios de personalidades como Gilberto Gil, Arnaldo Antunes, Laerte Coutinho, Hortência, MC Soffia, Bruna Linzmeyer, Lázaro Ramos, Isabella Fiorentino, João Vicente e Ph Côrtes. Com o objetivo de tornar a cultura acessível para públicos diversos, cada convidado traz em locuções breves a história dos trabalhos exibidos, dos artistas, o contexto histórico em que foram criados, dentre outras informações sobre as obras. A ação está sendo realizada de forma colaborativa e sem custos, uma vez que o Museu está contando com apoio pró-bono e parceria da agência Africa, das personalidades que doaram suas vozes para o projeto e dos veículos que cederam os espaços nas mídias urbanas.

Como forma de ampliar o alcance das obras, MAM na Cidade exibe trabalhos de artistas como Cildo Meireles, Maureen Bisilliat e Tomie Ohtake em projeções de escala monumental em três empenas cegas de edifícios do centro de São Paulo. A exposição a céu aberto acontece nos dias 22, 23 e 29 de agosto, sempre das 19h às 20h. A estreia será na fachada na Rua da Consolação, 753, esquina com a Rua Caio Prado (Centro); a segunda projeção acontece na Rua Santa Isabel, 44 (Santa Cecília); e o término será na Rua Maria Antônia, 77 (Consolação).

Levar o Museu para além do Parque Ibirapuera, aproximando do cotidiano das pessoas, de suas redes, e em diálogo com a cidade, é um dos principais projetos do MAM. Segundo o curador Cauê Alves, “a ideia é ressignificar a presença do Museu no dia a dia das pessoas por meio de ações e programas, presenciais e digitais, que não restringem a instituição apenas ao espaço físico e atingem públicos diversos”.

Sobre o MAM São Paulo

Fundado em 1948, o Museu de Arte Moderna de São Paulo é uma sociedade civil de interesse público, sem fins lucrativos. Sua coleção conta com mais de 5 mil obras produzidas pelos mais representativos nomes da arte moderna e contemporânea, principalmente brasileira. Tanto o acervo quanto as exposições abrem-se para a pluralidade da produção artística mundial e a diversidade de interesses das sociedades contemporâneas.

O Museu mantém uma ampla grade de atividades que inclui cursos, seminários, palestras, performances, espetáculos musicais, sessões de vídeo e práticas artísticas. O conteúdo das exposições e das atividades é acessível a todos os públicos por meio de visitas mediadas em libras, audiodescrição das obras e videoguias em Libras. O acervo de livros, periódicos, documentos e material audiovisual é formado por 65 mil títulos. O intercâmbio com bibliotecas de museus de vários países mantém o acervo vivo.

Localizado no Parque Ibirapuera, a mais importante área verde de São Paulo, o edifício do MAM foi adaptado por Lina Bo Bardi e conta, além das salas de exposição, com ateliê, biblioteca, auditório, restaurante e uma loja onde os visitantes encontram produtos de design, livros de arte e uma linha de objetos com a marca MAM. Os espaços do Museu se integram visualmente ao Jardim de Esculturas, projetado por Roberto Burle Marx para abrigar obras da coleção. Todas as dependências são acessíveis a visitantes com necessidades especiais.

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