Sehal luta para reabertura de buffets a partir de 19 de agosto

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Da Redação – Com as atividades suspensas desde 3 de março em função da pandemia, os buffets de festas infantis e sociais da região do ABC se uniram em prol da própria sobrevivência. Excluídos do Plano São Paulo, programa do Governo do Estado, que cria regras para diversos setores, os empresários sugerem que as empresas voltem a funcionar para evitar uma quebradeira geral. Para apoiar o setor, o Sehal (Sindicato das Empresas de Hospedagem e Alimentação do Grande ABC) criou um protocolo de abertura específico para o segmento.

Os empresários estão mobilizados e organizaram encontro que teve a participação do prefeito Paulo Serra, do vice Luiz Zacarias e do secretário de Desenvolvimento e Geração de Emprego, Evandro Banzato. A reunião aconteceu na noite de quarta-feira (5) no Buffet Brinca Piá, na avenida Portugal, em Santo André, com a presença do presidente interino do Sehal, Wilson Bianchi, e cerca de 80 donos de buffets da região.

“Vamos levar esse pedido para discussão na reunião do Consórcio dessa sexta-feira (7) para as empresas reabrirem já a partir do próximo dia 19 de agosto. O melhor é que isso possa acontecer em todos os municípios. Eu me comprometo a defender as empresas, seja por aspectos legais ou jurídicos, a exemplo do que aconteceu com os bares e restaurantes”, anunciou o prefeito Paulo Serra.

Para ajudar o setor, o Sehal criou e entregou ao prefeito um protocolo de abertura que contempla os procedimentos sanitários, de segurança e higiene como distanciamento, redução da capacidade de atendimento, máscara e protetor facial de acrílico para funcionários e disponibilização de álcool gel, entre outros.

“Se os bares e restaurantes podem abrir porque os buffets não podem? É uma atividade que recebe um grupo de pessoas que são selecionadas. Esperamos contar mais uma vez com o apoio do prefeito Paulo Serra para evitar que tenhamos que recorrer às medidas extremas, como ir à Justiça, para socorrer os empresários”, disse Bianchi.

Recomeçar de novo – A dona do Buffet Brinca Piá, Adriana Faveri Ferreira, disse que a necessidade de abertura é urgente para garantir um recomeço em 2021, pois as empresas estão fechadas há cinco meses. “Se abrirmos agora não quer dizer que vamos realizar um evento imediatamente. As pessoas se programam meses antes. Isso quer dizer que se retomarmos a atividade, a agenda de festas começará a ser contratada para o ano que vem. Além disso, as festas são espaçadas, há um período entre a realização de uma e de outra, que dá tempo suficiente para fazer uma higienização completa”, explicou.

Segundo Adriana, 60 festas que eram para ter ocorrido desde março, no seu buffet, foram adiadas para o ano que vem. A casa, que tem capacidade de atendimento para cerca de 130 pessoas sentadas, produz cerca de 250 eventos durante o ano e trabalha com a contratação de 24 monitores por festa. “Precisamos de um fôlego, respirar e tentar seguir para evitar a falência”, acrescentou.

O Grande ABC conta com 693 buffets, dos quais 225 em Santo André, conforme o CNAE (Classificação Nacional de Atividades Econômicas). Os dados foram divulgados pelo Sebrae regional, de Santo André, também presente no encontro. A entidade ofereceu um curso de gestão gratuito para as empresas buscarem estratégias para enfrentar a crise e se preparem para a reabertura.

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