SBC une efetividade na cura e combate ao preconceito contra hanseníase

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Da Redação – Hanseníase tem cura, desde que o tratamento seja feito com seriedade e levado até o final. Em São Bernardo, o Programa Municipal Controle da Hanseníase atinge 100% de cura nos casos que são tratados e acompanhados pela rede municipal de saúde. Porém, a falta de informação ainda gera preconceito.

A hanseníase é uma doença infectocontagiosa causada por uma bactéria. As pessoas devem ficar atentas aos primeiros sintomas: manchas na pele que não doem, não incomodam e não coçam, dormência, formigamento, queda de pelos no local e insensibilidade. Quanto mais cedo começa o tratamento, mais rápida é a cura.

O programa conta com terapeuta ocupacional, assistente social e uma sapataria ortopédica para atender os pacientes. “Há muito preconceito por conta da falta de informação sobre a doença. Tanto que temos a assistente social para ajudar esses pacientes a se reintegrarem no mercado de trabalho”, disse a coordenadora do Programa Municipal de Controle da Hanseníase, Carolina Barbosa Pellegrini Penna.

Segundo Carolina, há casos de pacientes que escondem a doença da família por medo de serem discriminados. “Por conta disso, pessoas com sintomas evitam o diagnostico, pois tem medo da reação das pessoas. Lembrando que, no Brasil, pacientes com hanseníase eram tratados em hospitais colônia e afastados do convívio social”, lembrou.

A coordenadora destacou que quanto mais precoce o diagnóstico, maiores as chances de cura. “A pessoa pode ter o bacilo causador da doença e não saber, pois ele pode ficar encubado até sete anos sem se manifestar. A partir do diagnostico, é necessário fazer exames nas pessoas que convivem com o paciente”, explicou.

O tempo de duração do tratamento depende do tipo da hanseníase e varia entre seis e doze meses. Além disso, depois da alta medicamentosa, o programa ainda faz um monitoramento de até cinco anos, para evitar que a doença volte.

Em São Bernardo, a quantidade de casos da doença é considerada estável. Em 2014 foram registrados 42 casos, sendo 31 novos; em 2015, 34, sendo 29 novos. “Há uma busca ativa por novos casos. As UBSs fazem campanhas de diagnóstico precoce, fazemos treinamento de agentes comunitários de saúde e de enfermeiros para que eles conheçam os sintomas da doença e encaminhem os possíveis casos positivos ao programa”, disse a coordenadora.

A transmissão da hanseníase acontece pelas vias respiratórias e, algumas vezes, pelo contato com lesões na pele. Para haver a transmissão é preciso conviver muito tempo com um portador que não esteja em tratamento. A hanseníase não mata, mas pode deixar sequelas graves, como atrofia e paralisia das mãos e pés. Nos olhos podem aparecer irritações, ardência, dores e até cegueira, se a doença não for tratada.

Serviço – Informações podem ser obtidas no Programa Municipal de Controle da Hanseníase por meio dos telefones 4353-1561 ou 4353-1562.

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