Covid-19 em comunidades e favelas preocupa moradores e gestores públicos

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Ministério da Saúde publicou portaria que cria os centros comunitários de referência para o enfrentamento ao novo coronavírus

Da Redação – Para minimizar o impacto da Covid-19 em comunidades e favelas, o Ministério da Saúde publicou no início do mês uma portaria que institui os centro comunitários de enfrentamento à doença, nos quais prefeituras vão realizar ações de identificação de síndromes gripais e também do novo coronavírus.

A falta de infraestrutura e de unidades de saúde na maior parte das favelas brasileiras, em meio à pandemia do novo coronavírus, preocupa quem mora nesses locais. Segundo o IBGE, o país possui 13.151 aglomerados subnormais, termo utilizado pelo instituto, para designar a ocupação irregular de terrenos de outras pessoas para a instalação de moradias. A falta de equipamentos públicos nas comunidades, segundo especialistas de saúde, pode propiciar uma maior disseminação da Covid-19. 

Denilson Magalhães, supervisor do Núcleo de Desenvolvimento da Confederação Nacional dos Municípios (CNM), afirma que a contaminação pela Covid-19 pode ser grande nos pequenos vilarejos. “Observamos que a disseminação do coronavírus nessas regiões é mais rápida. Não são só cidades grandes ou centros urbanos, também tem municípios de pequeno porte.” 

De acordo com a portaria do Ministério da Saúde, os centros comunitários vão atender casos suspeitos ou confirmados da Covid-19. As unidades foram classificadas como Tipo 1, que atenderão favelas e comunidades com população entre 4 mil e 20 mil pessoas; e Tipo 2, para comunidades e favelas com população acima de 20 mil habitantes. 

Para Denilson Magalhães, a nova portaria, no entanto, esbarra na escassez de profissionais de saúde, especialmente durante a pandemia. “Nós teríamos que encontrar formas de fazer essa contratação para poder implantar esses centros e disponibilizar esses serviços para a nossa população”, diz. 

Entre outras ações, o Ministério da Saúde irá realizar repasses todos os meses aos centros comunitários. Para os do tipo 1, o aporte mensal será de R$ 60 mil e aos centros do tipo 2 o repasse será R$ 80 mil. No entanto, a ajuda financeira, segundo a portaria, é válida apenas até setembro deste ano. 

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