Governo quer construir dois hospitais de campanha, em Boa Vista, com apoio das tropas da “Operação Acolhida”, e outro em Manaus
Da Redação – Em meio à pandemia causada pelo novo coronavírus, o governo brasileiro intensificou a ampliação da assistência de saúde aos indígenas de todo o Brasil. A proposta do Governo é construir dois hospitais de campanha, um em Boa Vista, com apoio das tropas envolvidas na “Operação Acolhida”, e outro em Manaus. De acordo com o secretário-executivo do Ministério da Saúde, João Gabbardo, o hospital em Manaus vai funcionar com leitos para internação de pacientes da Covid-19.
“Uma novidade é a construção do hospital de campanha em Manaus, sendo que esse hospital de campanha já foi liberado pelo Ministério da Saúde e ele deverá ser referência para o atendimento da população indígena”.
O secretário-executivo do Ministério da Saúde, João Gabbardo, explicou ainda, que o modelo de hospital de campanha vai seguir o projeto base que será implementado em todos os pedidos realizados ao Governo.
“Os nossos hospitais de campanha, como a gente vai ter um padrão que nós devemos reproduzir em todos os locais, sempre que possível e obviamente que tem a questão do terreno, do tipo de terreno que pode influenciar, mas de uma maneira geral nós vamos tentar sempre utilizar esse nosso projeto padrão que fica em torno de R$10 milhões de reais para 200 leitos”.
Nessa semana, uma comitiva do Governo Federal, formada pela ministra da Mulher, da Família e dos Direitos Humanos, Damares Alves; o Secretário Especial de Saúde Indígena, Robson Santos da Silva e o Presidente da FUNAI, Marcelo Augusto Xavier da Silva, esteve em Boa Vista (RR) e Manaus (AM).
Durante a visita, foi confirmado que mais recursos serão destinados à melhoria da qualidade do atendimento nas Casas de Saúde do Índio (CASAI) e para aumento dos leitos para média e alta complexidade disponíveis para indígenas, além do recebimento de benefícios sociais, segurança e vigilância alimentar.
O Ministério da Saúde já disponibilizou quase 7 milhões de testes aos estados do país, sendo mais de 2 milhões do tipo biologia molecular e quase 5 milhões de testes rápidos por sorologia.
A medida faz parte da estratégia Diagnosticar para Cuidar, plano criado pelo Ministério da Saúde para a realização de 46 milhões de testes de COVID-19 neste ano, o que vai representar cerca de 22% da população brasileira.
Dividido em duas frentes, a ação Confirma COVID-19 utiliza o teste de biologia molecular, o RT-PCR, em até sete dias do início dos sintomas, ou seja, quando o vírus está agindo no organismo do paciente. Nessa frente, são testadas apenas as pessoas com sintomas da doença, sejam leves, moderados ou graves.
A segunda frente é o “Testa Brasil”, que pretende alavancar o uso dos testes rápidos (sorologia) no país para entender a progressão do vírus nacionalmente. Esse teste identifica a resposta do organismo à infecção pela COVID-19, ou seja, o anticorpo. Ele deve ser feito a partir do oitavo dia de início dos sintomas, tempo suficiente para que o organismo desenvolva defesa contra o vírus. Serão testadas as pessoas com sintomas da doença.
Já as pessoas sem sintomas da doença serão testadas por meio de inquéritos como a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (PNAD) feita pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) em parceria com o Ministério da Saúde.
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