Da Redação – Desde a publicação das primeiras medidas de enfrentamento ao novo coronavírus (Covid-19) pela Prefeitura de Mauá, no dia 17 de março, coube a servidores públicos municipais, sobretudo das áreas de saúde, segurança pública e promoção social garantir a proteção e o atendimento da população nos principais serviços públicos.
Trabalhadores do Hospital Nardini, das Unidades de Pronto Atendimento (UPA’s), das Unidades Básicas de Saúde (UBS’s), da Guarda Civil Municipal (GCM) e dos Centros de Referência de Assistência Social (CRAS’s) estão na linha de frente das principais ações.
Auxiliares de enfermagem, enfermeiras, médicos, guardas, assistentes e orientadores sociais, auxiliares de apoio operacional, administrativos e de manutenção tiveram que interromper férias e licenças para retornar e atender a população mauaense. Servidores de outras secretarias também estão na ativa, em sistema de revezamento ou em trabalho remoto, para prevenir a disseminação.
Na última semana, o Sindicato dos Servidores e Funcionários Públicos (Sindserv) entrou em contato com servidores da Saúde e Segurança Pública para verificar o fornecimento de equipamentos de proteção individual (EPI), bem como o respeito a direitos fundamentais dos servidores.
Para o presidente do Sindserv, Jesomar Alves Lobo, os trabalhadores da prefeitura devem ser valorizados pelo empenho no enfrentamento da Covid-19. “Temos que aplaudir e valorizar esses companheiros que não deixaram de trabalhar diante dessa pandemia, e essa valorização passa por garantir a justa correção do sustento e alimentação para suas famílias”, defendeu. “São profissionais de diversas áreas que correm risco de contaminação, de levar o vírus para suas famílias e ainda tem que vencer o medo todos os dias, são heróis e toda a sociedade deve reconhecer”, acrescentou.
Alimentação
O Sindserv negocia junto à administração municipal o reajuste do auxílio-alimentação para os cerca de 6,5 mil servidores e funcionários públicos. O benefício é como uma cesta básica de alimentos. O valor pago atualmente é de R$ 410 por mês. O governo do prefeito Atila Jacomussi chegou a prometer elevação para R$ 485, um aumento de 75 reais, além da concessão do auxílio-odontológico.
De acordo com a Companhia Regional de Abastecimento Integrado de Santo André (Craisa), a cesta básica de alimentos, em março deste ano, custou aos trabalhadores R$ 680. Isso significa que servidores públicos de Mauá tiveram que desembolsar do próprio salário 270 reais para conseguir adquirir itens básicos de alimentação.
Segundo dados levantados pelo Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getulio Vargas (FGV IBRE), houve aumento nos preços de alimentos devido à pandemia de Coronavírus. A variação passou de 0,19% no início de março para 1,26% no último dia 26.
“Dois pontos principais explicam o avanço dos preços. Além do aumento da demanda por alimentos, pois todas as refeições estão sendo feitas em residência, houve aumento da estocagem de alimentos por receio de que o vírus se propague mais e expanda o período de confinamento social”, analisou o economista André Braz, coordenador do IPC do FGV IBRE e responsável pelo estudo.
Ainda de acordo com a FGV, o arroz, que havia subido 1,17%, variou em 1,74%. O feijão carioca passou de -2,16% para um aumento de 0,58%, e o feijão preto foi de queda de 2,61% para aumento de 2,24%. Ovos (de 5,04% para 9,04%) e carnes bovinas (de -2,31 para 0,25%) também registraram acréscimos. Já o frango inteiro caiu de -1,47 para -2,20%.
O Sindserv espera sensibilizar o governo Atila pela correção do Auxílio-Alimentação em reunião agendada para esta quarta-feira (8).
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