Instituição precisa arrecadar fundos para continuar apoiando crianças e adolescentes com câncer e transplantados durante a crise mundial gerada pelo Covid-19; hóspedes da ONG estão no grupo de risco do novo vírus
Da Redação – Com a chegada da pandemia do novo coronavírus ao Brasil, as organizações do terceiro setor foram as primeiras a sentir os impactos econômicos. Apesar de necessário, o isolamento abalou as finanças de muitos contribuintes da Casa Hope, que deixaram de ser doadores mantenedores neste período. A instituição, que é 100% filantrópica, oferece apoio biopsicossocial e educacional a crianças e adolescentes portadores de câncer e transplantados.
Diante desse cenário, Cláudia Bonfiglioli, fundadora e presidente da Casa Hope, explica que o atendimento às crianças e adolescentes atendidos na instituição, mais do que nunca, precisa continuar. “Nossos atendidos se enquadram no grupo de risco, devido ao quadro de imunidade muito frágil vindo do próprio tratamento oncológico e medicamentos imunossupressores. Eles já estão passando por um momento delicado da vida e não podem se expor a nenhum risco, o que nos faz ficar ainda mais atentos em relação aos nossos cuidados. Entendemos as dificuldades de todos, mas a vida dessas pessoas depende do apoio recebido aqui, para que possam continuar a sua luta contra o câncer em segurança”, comenta.
Em concordância, Tatiana Caneloi, captadora de recursos da ONG, afirma que toda ajuda é bem-vinda para que a Casa Hope continue suas atividades. “Não podemos segurar nas mãos uns dos outros, mas devemos unir nossos corações e pensamentos em prol de uma obra que ajuda a salvar vidas”, complementa.
Medidas de prevenção adotadas pela Casa Hope
Por se tratar de uma instituição séria, que abriga pessoas pertencentes ao grupo de risco, a Casa Hope elaborou um sistema de rodízio para colaboradores com funções essenciais, enquanto os demais trabalham em home office, além de suspender temporariamente visitas, eventos, bazares e as vendas da loja online. Também está em curso uma reorganização do sistema de alojamento, a fim de que fiquem apenas uma criança e acompanhante por quarto, ao invés de dois. Além disso, os cuidados com higiene ficaram ainda mais rigorosos.
Como ajudar sem sair de casa
Devido ao fechamento temporário da loja virtual e a suspensão temporária de bazares, os interessados em apoiar a causa podem fazer uma Doação Direta para as contas da Casa Hope, utilizando PayPal ou PagSeguro. Os valores são de acordo com a vontade e disponibilidade do doador. Para saber mais entre no portal http://hope.org.br/doacoes/.
Balanço Social: conheça os principais números da Casa Hope
Somente no ano de 2019, a Casa Hope recebeu 776 hóspedes, número que contempla tanto os pacientes quanto um responsável por cada. No total, eles somam mais de 28 mil atendimentos diferentes, sendo 14.501 biopsicossociais e 13.756 atividades educacionais.
Além disso, a instituição serviu mais de 164 mil refeições e proporcionou mais de 30 mil deslocamentos. Também forneceu itens de higiene pessoal, educação escolar, peças de vestuário, medicamentos, cursos de capacitação profissional, cestas básicas, festas comemorativas, oficinas culturais, esportes e orientação em saúde.
Sobre a Casa Hope
Com 23 anos de atuação, a Casa Hope é uma instituição filantrópica que apoia crianças e adolescentes portadores de câncer e transplantados de medula óssea, fígado e rins. A eles são oferecidos moradia, alimentação, transporte (para hospitais, aeroportos e rodoviárias), assistência social e psicológica, medicamentos, vestuário, escolarização, terapia ocupacional, cursos de capacitação profissional, recreação dirigida, passeios culturais e festas comemorativas.
A organização fez mais de 14 mil atendimentos biopsicossociais e educacionais em 2019. Desde a sua fundação, mais de 8 mil pessoas, entre pacientes com câncer, transplantados e familiares, já foram hospedados na casa. Para mais informações sobre a instituição, acesso www.hope.org.br ou entre em contato por telefone (11) 5056-9700.
Nenhum comentário on "Casa Hope pede ajuda após perder doadores devido à pandemia do coronavírus"