Sesc quebra tabu e põe em pauta o feminicídio no Mês da Mulher

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Programação faz público refletir como a cultura e educação refletem no tema

Da Redação – Pensando em questões que envolvem a desigualdade social e as fragilidades da sociedade que produzem pessoas cada vez mais violentas, o Sesc São Caetano apresenta o projeto “Vivas” e coloca em pauta através das artes cênicas o feminicídio, e nos faz refletir onde terminar um relacionamento ou não corresponder ao amor de alguém faz com que milhares de mulheres tenham suas vidas ceifadas nos últimos anos.

Com ingressos disponíveis a partir de R$9 na Rede Sesc, as atividades têm faixa etária a partir de 16 anos.

A programação tem início no dia 6 de março às 20h com o espetáculo “A Tenda” encenado pelo circo Di SóLadies, onde três palhaças fogem de uma época de trevas e perigos constantes que atentavam contra a vida das mulheres. Nessa viagem no tempo elas se conectam com outras mulheres e descobrem novas formas de fazer rir.

A leitura dramática “Na Cama de Zuleika”, de Sergio Pires será no dia 13 de março às 20h e expõem a última noite de três homens que se conheceram na prisão e serão libertados no mesmo dia. Os três foram condenados por crimes de feminicídio. Uma reflexão sobre o adoecimento do feminino na composição do masculino e que permeia questões como violência doméstica, feminicídio e políticas públicas para mulheres.

Dia 17 de março às 19h30 será lançado o Documentário inspirado na peça “A CobraDORa” da Zózima Trupe, e seguido de bate papo com a dramaturga Claudia Barral, a atriz Maria Alencar, o crítico teatral Amilton de Azevedo e a produtora Tati Lustoza.

Dia 20 de março às 20h a Zózima Trupe apresenta “A CobraDORa”, que conta a história de Dolores, uma Maria que se recusou chamar Maria das Dores, põe no palco as histórias de muitas mulheres: contemporâneas, míticas e inimagináveis. Em cena, a mulher cobradora – a trabalhadora das catracas, mas também a insubmissa, que cobra seu direito pela dignidade, igualdade e justiça.

Dia 26 de março às 19h30, Eurico de Marcos Jardim, mediador do projeto E Agora José, grupo socioeducativo de responsabilização de homens agressores de mulheres, juntamente com os dramaturgos Sérgio Pires e Adélia Nicolete, mediarão o bate papo “Masculinidades Possíveis”, onde a ideia é discutir novas formas de masculinidade que não compactuam com situações de misoginia.

Adélia Nicolete interpreta dia 27 de março às 20h “Futebol Arte”. A ação da peça se dá no dia em que homens que lincharam uma travesti vão depor sobre o crime. A vítima, conhecida de todos, foi assassinada numa final de campeonato, num bar.

Serviço – Sesc São Caetano (Rua Piauí, 554 Santa Paula – São Caetano do Sul), nos dias 6, 13, 17, 20 e 27 de março, às 19h30 e às 20h. Ingressos: venda de ingressos na rede Sesc. Telefone para informações: (11) 4223-8800

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