Governo federal atendeu ao pedido do governo local, que lida com motim de policiais militares
Da Redação – Após pedido do governo Ceará, o governo federal prorrogou por mais uma semana a presença do exército no estado. A previsão inicial era que o reforço, por meio da operação de Garantia da Lei e da Ordem (GLO), atuasse no Ceará por apenas por uma semana, indo embora na última sexta-feira(28).
Agora, o prazo foi prolongado até a próxima sexta-feira(06). A decisão foi tomada em uma reunião no Palácio do Planalto entre Bolsonaro e diversos ministros, inclusive Sérgio Moro, da Justiça e Segurança Pública. Depois disso, o presidente divulgou uma nota dizendo que espera que o o impasse entre a Polícia Militar do Ceará e o governo do estado seja resolvido.
O motim de policiais no Ceará já dura quase duas semanas. Durante o motim, 47 policiais foram presos, a maioria por deserção. Na última semana, o governador do Ceará, Camilo Santana, disse que não vai conceder nenhum tipo de anistia aos policiais militares envolvidos em atos de vandalismo e insubordinação.
Com a falta de policiamento, a insegurança atingiu as ruas. O número de homicídios registrados desde o início do movimento beira os 200, a maior taxa de assassinatos desde 2012.
Os protestos, que já atingem três cidades, são motivados pela insatisfação de policiais militares com a proposta de reajuste para a categoria proposta pela Assembléia Legislativa do estado. O projeto aumentaria os salários dos soldados de R$ 3.400 para cerca de R$ 4.500, parcelado em 3 vezes. Os policiais demandam que o pagamento seja feito em uma só parcela e querem um plano de carreira para a categoria.
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