Represas da Grande SP fecham 2015 com mais do que o dobro de água que havia em 2014

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Da Redação – Os seis principais sistemas que abastecem a Região Metropolitana de São Paulo fecharam o ano de 2015 muito melhor que o ano anterior. Se comparado 2015 com 2014, os reservatórios tiveram acréscimo de 402,13 bilhões de litros de água, um aumento de 133% em relação a 2014. Para ter uma ideia, o total equivale quase à metade de todo o volume útil do Sistema Cantareira, que é de 982,07 bilhões de litros de água.

O mês de dezembro foi com chuvas acima da média em quatro dos seis sistemas que armazenam água para a Grande São Paulo. As exceções foram Guarapiranga e Rio Grande. A afluência (entrada de água nas represas) também foi destaque. Os Sistemas Alto Tietê e Guarapiranga apresentaram afluência maior que a média histórica para o mês. Já a afluência no Sistema Cantareira foi a mesma que a média. No total, foram mais 143,1 bilhões de litros de água em todas as represas que abastecem a Grande São Paulo, aumento de 25,54%. As chuvas e as diversas ações da Sabesp possibilitaram que, no dia 30 de dezembro, o Cantareira recuperasse o volume correspondente às duas reservas técnicas do sistema.

Bônus – Em dezembro, a adesão da população da Grande São Paulo ao programa de bônus apresentou uma pequena redução em relação ao mês anterior, 77%.

No total, a economia de água feita pelos moradores atendidos pela Sabesp fez com que a companhia deixasse de retirar no mês passado 5,6 mil litros por segundo das represas que abastecem a Região Metropolitana de São Paulo. O volume economizado é suficiente para abastecer cerca de 1,8 milhão de pessoas, correspondente às populações somadas das cidades de Sorocaba, Osasco e Ribeirão Preto, aproximadamente. Ou seja, em todo o mês de dezembro, a população poupou mais de 14,5 bilhões de litros de água. Para ter uma ideia do quanto isso representa, esse volume equivale quase à capacidade total do Sistema Alto Cotia – no qual cabem 16,5 bilhões de litros de água.

Dos 77% que reduziram o gasto de água em dezembro, 64% efetivamente ganharam o bônus, enquanto os demais 13% diminuíram o consumo, mas não o suficiente para receber o desconto na fatura da Sabesp. Considerando todos os clientes que receberam bônus no mês passado, 53% reduziram o consumo em mais de 20% (faixa de bonificação de 30%), 5% diminuíram o uso entre 15% e 20% (faixa de bônus de 20%) e outros 6% tiveram um gasto de água entre 10% e 15% menor e ganharam bônus de 10%.

Já a parcela de clientes que aumentaram o consumo foi de 23%, dos quais 14% pagaram sobretaxa. Os outros 9 pontos percentuais não recebem o ônus porque consomem o volume mínimo de 10 mil litros mensais.

O programa de bônus foi implantado em 1º de fevereiro de 2014 para os moradores atendidos pelo sistema Cantareira. A partir do dia 1º de fevereiro de 2016, o programa passará por mudanças, cuja atualização da regra para cálculo do bônus (não se aplica para a tarifa de contingência) consiste na adoção, para cada cliente, de um novo consumo médio de referência. Até agora, esse indicador correspondia à média de consumo no período entre fevereiro/2013 e janeiro/2014, que permanece para efeito de aplicação da tarifa de contingência. A nova média, para efeito de aplicação de bônus, será calculada pela multiplicação do antigo indicador por 0,78. As demais condições e regras do programa serão mantidas, inclusive o escalonamento das faixas de bonificação de 10%, 20% e 30%. Isto é, quem reduz o consumo em 20% ou mais recebe desconto de 30%, entre 15% e 20% o desconto é de 20%, e entre 10% e 15% a redução chega a 10% na conta.

Mesmo com o período de chuvas, a Sabesp destaca a importância da população se manter comprometida com a economia e o uso racional da água, de forma a garantir a recuperação gradual do nível dos reservatórios após a estiagem de 2014, a maior registrada em mais de 80 anos na Região Sudeste.

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