Da Redação – Grandes emoções marcaram o ano da ginástica brasileira. Em 2015, a modalidade continuou em evolução e conquistou resultados inéditos. Um deles foi a histórica classificação de uma equipe masculina completa para os Jogos Olímpicos, após a ótima participação no Mundial da Escócia.
Pela rítmica, a capixaba Natália Gaudio será a representante olímpica, enquanto pelo trampolim, o classificado foi o goiano Rafael Andrade, que irá representar a modalidade brasileira na competição pela primeira vez. Esses e outros bons resultados comprovaram que a ginástica segue em um caminho vitorioso.
O ano já começou com uma ótima notícia para a artística. No dia 9 de janeiro, foi inaugurado oficialmente o Centro de Treinamento Time Brasil, no Rio de Janeiro (RJ), espaço de 2,500 metros quadrados todo climatizado que pode abrigar até 40 ginastas. O local oferece estrutura completa de alto nível para a preparação e recuperação dos atletas, com modernos equipamentos esportivos e tecnológicos e já está sendo muito bem aproveitado pelas Seleções Brasileiras.
Pela aeróbica, a programação de 2015 começou com o primeiro Acampamento de Treinamentos da modalidade, realizado pela Confederação Brasileira de Ginástica (CBG) em parceria com a União Pan-Americana de Ginástica (UPAG), no Centro Estadual de Treinamento Esportivo (CETE), em Porto Alegre (RS). Após o acampamento, a CBG organizou o Curso Internacional de Arbitragem da modalidade, no Colégio Notre Dame Recreio, no Rio de Janeiro (RJ).
No início de fevereiro, a Seleção de Ginástica Artística Feminina estreou nas competições do ano. No Houston National Invitational, nos Estados Unidos, Letícia Costa, Lorenna Rocha, Lorrane Oliveira e Milena Theodoro conquistaram nove medalhas.
Em março, foi realizada uma seletiva para a Seleção de Conjunto de Ginástica Rítmica, no Centro Nacional de Treinamento, em Aracaju (SE). As quatro novas integrantes foram Ana Paula Ribeiro, Emanuelle Lima, Jéssica Maier e Morgana Gmach. Ainda na capital sergipana, foi realizada a Assembleia Geral Anual da entidade, com a presença dos representantes das Federações Estaduais filiadas e dos chefes dos comitês técnicos das sete modalidades que fazem parte da instituição. Durante os dois dias foram discutidas e aprovadas mudanças nos regulamentos das competições para 2015, além da definição do calendário anual e da prestação de contas de 2014. No mesmo mês, a CBG recebeu a missão japonesa para visitação das instalações esportivas da cidade, já que a capital se candidatou a receber as Seleções de Ginástica Artística, Rítmica e de Trampolim do País oriental para treinamentos e aclimatação antes dos Jogos Olímpicos do Rio de Janeiro.
A Copa do Mundo de Cottbus marcou a estreia da Seleção de Ginástica Artística Masculina nas competições de 2015. O evento contou com participação de Arthur Zanetti, que faturou o ouro nas argolas, de Diego Hypolito e de Péricles Silva. Da Alemanha, os três seguiram para Doha, no Qatar, para mais uma etapa da competição, que teve ainda a presença de Daniele Hypolito e Lorrane Oliveira. Os brasileiros foram brilhantes e garantiram três medalhas: ouro com Zanetti nas argolas e prata com Diego no solo e no salto. Na maratona de Copas do Mundo, foi a vez dos jovens talentos Ângelo Assumpção, Fellipe Arakawa, Hudson Miguel e Renato Oliveira, pelo masculino, e Julie Kim Sinmon, Lorrane Oliveira e Rebeca Andrade, pelo feminino, fazerem bonito em Ljubliana, na Eslovênia. Logo na primeira competição pela categoria adulta, Rebeca, então com 15 anos, obteve o bronze nas barras assimétricas. Na trave, dobradinha brasileira, com Lorrane, prata, e Julie, bronze.
Pela ginástica rítmica, Angélica Kvieczynski foi a representante do Brasil no Internationaux de Thiais, na França, competição que contou com países potências na modalidade e apenas para convidados. De lá, a ginasta embarcou para a Copa do Mundo de Lisboa, em Portugal.
No fim de abril, mais um grande motivo para comemorar. O Brasil foi sede de uma etapa de Copa do Mundo, uma das maiores competições do calendário da Federação Internacional de Ginástica (FIG). Dentro de quadra, os ginastas corresponderam todo o carinho da torcida, que lotou as arquibancadas do Ginásio do Ibirapuera, em São Paulo (SP). No total, foram nove medalhas dos brasileiros, que competiram com atletas da Alemanha, Argentina, Chile, China, Croácia, Estados Unidos, Finlândia, Hong Kong, Letônia, México, Peru, Portugal e República Dominicana. Pelo masculino, ouro com Arthur Zanetti nas argolas, ouro no salto com Ângelo Assumpção, prata com Henrique Medina nas argolas, prata no solo e bronze no salto com Diego Hypolito e bronze com Francisco Barretto Júnior nas paralelas. Pelo feminino, ouro no solo e prata na trave com Flávia Saraiva e prata com Rebeca Andrade no salto. Para os ginastas, participar de um evento como esse no País foi importantíssimo, principalmente como forma de preparação para os Jogos Olímpicos.
Em maio, na Copa do Mundo de Anadia, em Portugal, a última antes dos Jogos Pan-Americanos do Canadá, todos os brasileiros participantes – Caio Souza, Francisco Barretto Júnior, Lucas Bitencourt e Petrix Barbosa – conquistaram vagas em finais, com medalhas de prata de Francisco na barra fixa e de bronze de Caio no solo. Pelo feminino, no Flanders International Team Challenge, em Ghent, na Bélgica, Daniele Hypolito, Flávia Saraiva, Julie Kim Simnon, Letícia Costa e Rebeca Andrade, em ótima fase e em grande evolução, faturaram três medalhas: bronze por equipe, ouro no individual geral com Flávia e prata com Rebeca.
Já pela rítmica, a Seleção de Conjunto foi finalista do Grand Prix de Berlim, na Alemanha, competição de alto nível e que contou com potências da modalidade. No mesmo período, a CBG anunciou parceria com a Faculdade Estácio de Sergipe, em Aracaju (SE), com o objetivo de garantir ensino superior a três atletas da equipe, que treina na capital sergipana. Outra ótima notícia foi a bolsa de estudos da Fundação para Solidariedade da Federação Internacional de Ginástica (FIG) concedida para Beatriz Pomini, já que a CBG está entre as 12 federações nacionais contempladas com uma bolsa de estudos para atleta.
Pela ginástica de trampolim, o Ginásio Rio Vermelho, que integra o Centro de Excelência de Goiânia (GO), recebeu oficialmente 12 equipamentos certificados e homologados pela Federação Internacional de Ginástica (FIG). A entrega foi durante o Brasileiro da modalidade.
Em junho, quem entrou em cena e fez bonito foi a Seleção de Ginástica Artística Feminina Juvenil, uma das convidadas para a Copa Internacional da categoria, em Cuernavaca, no México. As representantes do Brasil foram Letícia Dias Gonçalves, Luana Antunes da Silva, Thaís Fidélis dos Santos e Victória Gabriella Custódio, que garantiram nove medalhas.
Sempre de olho no futuro da ginástica brasileira, Lagoa Santa (MG) passou a contar com um Centro de Excelência Caixa Jovem Promessa. Esse centro pode receber cerca de 150 crianças de 5 a 9 anos e que estejam devidamente matriculadas em escolas do município. O espaço foi entregue por meio de uma parceria entre a CBG, a Caixa Econômica Federal, patrocinadora oficial da ginástica brasileira, a Federação Mineira de Ginástica e a Prefeitura Municipal de Lagoa Santa.
Já o Ginásio Jayme Navarro de Carvalho, em Vitória (ES), recebeu atletas de várias partes do País para o Brasileiro, Copa Brasil de Conjuntos e I Etapa Caixa de Ginástica Rítmica. Por falar em rítmica, o Centro Nacional de Treinamento da modalidade, em Aracaju (SE), local de preparação da Seleção de Conjunto, recebeu oficialmente 620 equipamentos certificados e homologados pela Federação Internacional de Ginástica (FIG). A Federação Sergipana também recebeu aparelhos para a ginástica rítmica e artística.
Fora do Brasil, quem brilhou foram as Seleções de Ginástica Artística Masculina e Feminina, desta vez no Sul-Americano Adulto, na Colômbia. Ângelo Assumpção, Leonardo Souza, Péricles Silva, Petrix Barbosa e Renato Oliveira, pelo masculino, e Daniele Hypolito, Jade Barbosa, Letícia Costa, Lorenna Rocha e Mariana Oliveira, pelo feminino, subiram a quase todos os pódios.
Em julho, o Ginásio de Esportes Professor José Liberatti, em Osasco (SP), foi palco do Brasileiro Caixa e da Copa Brasil de Conjuntos de Ginástica Rítmica, das categorias pré-infantil e infantil.
Pela primeira vez na história da CBG, a instituição implantou uma comissão de atletas com o principal objetivo de atuar como um canal de comunicação entre os ginastas e a entidade, oferecendo sugestões e recomendações sobre assuntos relacionados às competições e ao maior desenvolvimento da ginástica brasileira. Na ocasião, a entidade divulgou os nomes dos ginastas para a Comissão Especial Provisória de Atletas para o biênio 2015 e 2016: Arthur Zanetti e Francisco Barretto Júnior (artística masculina), Daniele Hypolito (artística feminina), Débora Falda (rítmica de conjunto), Natália Gaudio (rítmica individual), Carlos Ramirez Pala (trampolim), Beatriz Palma Aprobato (acrobática), Marcelo Guimarães Martins (aeróbica) e Thalyta Cardoso Almeida (ginástica para todos).
Enquanto isso, em Gwangju, na Coreia do Sul, a Seleção de Ginástica Artística Masculina, com Fellipe Arakawa, Henrique Flores, Hudson Miguel, Leonardo Souza e Renato Oliveira, participou da Universíade. Pela rítmica, as representantes foram Carolina Garcia e Letícia Dutra.
Uma das competições mais importantes do ano para as Seleções Olímpicas – artística, rítmica e de trampolim – foi, com certeza, os Jogos Pan-Americanos de Toronto, no Canadá. Com uma delegação composta por 44 pessoas, o Brasil atingiu o objetivo principal nos “Jogos Olímpicos das Américas” de fazer uma forte preparação para os Mundiais.Pela artística masculina, Arthur Nory Mariano, Arthur Zanetti, Caio Souza, Francisco Barretto Júnior e Lucas Bitencourt foram prata por equipe e todos eles conquistaram vagas em finais. Zanetti garantiu o ouro inédito na competição e Caio foi bronze no salto. Pela feminina, Daniele Hypolito, Flávia Saraiva, Julie Kim Sinmon, Letícia Costa e Lorrane Oliveira foram bronze por equipe. Flávia ficou ainda com o bronze no individual geral.
Na ginástica rítmica individual, Angélica Kviecznski faturou o bronze no arco e na fita, enquanto Natália Gaudio foi finalista em três aparelhos. Já no conjunto, Ana Paula Ribeiro, Beatriz Pomini, Dayane Amaral, Emanuelle Lima, Jéssica Maier e Morgana Gmach subiram em todos os pódios possíveis. Após levantarem o público com apresentações empolgantes, as brasileiras foram pentacampeãs em Jogos Pan-Americanos e conquistaram também o ouro nas cinco fitas, além da prata nos dois arcos e três pares de maças. No trampolim, Camilla Gomes e Carlos Ramirez Pala chegaram às finais do individual.
Durante a competição, a presidente CBG, Luciene Resende, também teve uma prova do sucesso da ginástica brasileira ao ser reeleita vice-presidente da Região Sul da União Pan-Americana de Ginástica (UPAG). O comitê técnico da UPAG conta ainda com outros três brasileiros: Robson Caballero, no comitê de artística, Maria Cristina Vital, no de rítmica, e Klayler Mourthé, no de trampolim.
Logo após os Jogos Pan-Americanos, mais um importante momento para o Brasil, já que o País foi o escolhido para sediar novamente uma etapa da Copa do Mundo de Ginástica Artística, depois de disputar a vaga com outras 11 nações. Os melhores ginastas do mundo estarão em São Paulo (SP) de 20 a 22 de maio de 2016, às vésperas dos Jogos Olímpicos.
Depois dos bons resultados nos Jogos Pan-Americanos, alguns dos principais destaques da ginástica brasileira estiveram no Ginásio de Esportes Constâncio Vieira, em Aracaju (SE), para o Troféu Brasil e a II Etapa Caixa de Ginástica Artística e Rítmica.
Em agosto, jovens talentos da ginástica rítmica participaram do Brasileiro e da Copa Brasil de Conjuntos, em São Caetano do Sul (SP). Já o Centro Estadual de Treinamento Esportivo (CETE), em Porto Alegre (RS), recebeu os Brasileiros Pré-Infantil e Juvenil de Ginástica Artística.
Ainda em agosto, o Centro de Ginástica Rítmica de Santa Catarina (Ginásio de Esportes do Instituto Estadual de Educação), em Florianópolis (SC), recebeu uma série de equipamentos extremamente importantes para o desenvolvimento da modalidade no Estado. A entrega faz parte da aquisição realizada por meio da parceria entre a CBG e o Ministério do Esporte, resultado do convênio assinado no valor global de R$ 7,3 milhões. No total, foram adquiridos 1010 aparelhos vindos da Alemanha, a maior importação de equipamentos de ginástica feita pelo Brasil, todos certificados e homologados pela Federação Internacional de Ginástica (FIG). Os mais de mil aparelhos são destinados para as três modalidades olímpicas de ginástica – artística, rítmica e trampolim – e estão sendo distribuídos em 16 centros de treinamento em todas as regiões do Brasil. Além de Florianópolis (SC), as cidades de Curitiba (PR), Porto Alegre (RS), Brasília (DF), São Bernardo do Campo (SP), Goiânia (GO) e Aracaju (SE) também já receberam novos equipamentos.
Fora do Brasil, a Seleção de Conjunto de Ginástica e Natália Gaudio, da Individual, participaram da Copa do Mundo de Sófia, na Bulgária. A competição contou com as melhores do mundo e foi fundamental para os ajustes finais das brasileiras antes do Mundial de Stuttgart, na Alemanha.
Pela ginástica aeróbica, o Brasil fez bonito e conquistou várias medalhas no Sul-Americano da modalidade, em Lima, no Peru. O evento reuniu ginastas das categorias age group e adulta. Além do Sul-Americano, o Brasil esteve também na Copa Peru, com atletas do infantil e age group.
Pela ginástica de trampolim, treinadores brasileiros participaram da Academia da Federação Internacional (FIG) para técnicos, de nível 1. O curso foi realizado em La Paz, na Bolívia, e contou com os treinadores André Silva, Cláudio Júnior e Rodrigo Bachur, além de Rodolfo Rangel, que é um dos instrutores. Voltadas para o esporte de alto rendimento e com o objetivo de contribuir para a padronização da modalidade em todo o Mundo, as atividades são importantes também para que os técnicos estejam cada vez mais capacitados, cumprindo normas e regulamentos da FIG.
Em setembro, foram várias competições nacionais e em diversas partes do País: Brasileiro Caixa Infantil de Artística, na Arena Minas Tênis Clube, em Belo Horizonte (MG); Brasileiro Júnior e Elite de Trampolim (Trampolim, Trampolim Sincronizado, Duplo-Mini Trampolim e Tumbling) e Torneio Nacional, no Ginásio Poliesportivo Maestro Silvério Faustino, em Itabira (MG); Brasileiro e Torneio Nacional de Aeróbica, no Ginásio de Esportes do Colégio Arquidiocesano da Farolândia, em Aracaju (SE); Brasileiro e Torneio Nacional de Acrobática, no Ginásio do Jockey Club de Uberaba (MG); Torneio Nacional de Artística, das categorias pré-infantil, infantil, juvenil e adulta, nos níveis iniciante, intermediário e avançado, no Centro Estadual de Treinamento Esportivo (CETE), em Porto Alegre (RS); Torneio Nacional de Rítmica, das categorias pré-infantil, infantil, juvenil e adulta, nos níveis 1 e 2, no Sesi de Taguatinga, em Brasília (DF).
O mês foi marcado pela principal competição de ginástica rítmica de 2015: o Mundial de Stuttgart, classificatório para os Jogos Olímpicos. A vaga do individual foi conquistada por Natália Gaudio, capixaba de 22 anos. O conjunto também tem vaga olímpica e garantiu na Alemanha a maior nota da equipe nacional neste ciclo olímpico em uma edição de Mundial: 16,041 na série das cinco fitas.
Logo depois do Mundial, a ginástica rítmica manteve a hegemonia na América do Sul no Sul-Americano, em Cochabamba, na Bolívia, com atletas das categorias pré-infantil, infantil, juvenil e adulta, pelo individual e conjunto. O Brasil foi o grande destaque e conquistou medalhas em todas as categorias. Entre as participantes estava Natália Gaudio, que garantiu todos os ouros possíveis na competição.
Pela acrobática, o Brasil também fez bonito no Pan-Americano, com cinco medalhas, e na Copa Pan-Americana de Clubes, com mais três. As duas competições foram em Caguas, em Porto Rico.
No último compromisso internacional antes do Mundial de Glasgow, na Escócia, as Seleções de Ginástica Artística, com Arthur Nory Mariano, Arthur Zanetti, Caio Souza e Lucas Bitencourt, pelo masculino, e Jade Barbosa e Thauany Araújo, pelo feminino, participaram da Copa do Mundo de Osijek, na Croácia. Todos conquistaram vagas em finais. Nas decisões, Thauany, de 16 anos, logo na estreia em uma etapa da competição, faturou o bronze nas barras assimétricas. Quem também subiu ao pódio foi Zanetti, ouro nas argolas. Já na barra fixa, Nory foi o primeiro colocado e Caio o terceiro. Jade garantiu a medalha dourada na trave.
Outro ginasta que esteve em uma competição internacional de artística foi Gabriel Barbosa, no International Júnior, em Yokohama, no Japão. Nesse importante intercâmbio com atletas de vários países, o brasileiro foi bem e conquistou vaga em duas finais.
Pela categoria de base, ginastas das categorias pré-infantil, infantil e juvenil representaram o Brasil, em Rosário, na Argentina, do Sul-Americano Masculino e Feminino.
Em reta final de preparação para o Mundial de Trampolim, Camilla Gomes, Carlos Ramirez Pala e Rafael Andrade embarcaram para a Copa do Mundo de Loulé, em Portugal. Na competição, Camilla conquistou um resultado inédito na carreira: a sétima colocação no individual feminino, entre as melhores do mundo. A evolução da jovem de 21 anos neste ciclo está sendo grande.
Pela mesma modalidade, ginastas brasileiros participaram do Sul-Americano de Bogotá, na Colômbia, divididos nas categorias 11 e 12 anos, 13 e 14, 15 e 16, 17 e adulta. Os atletas subiram aos pódios de todas as categorias.
Classificatório para os Jogos Olímpicos, o Mundial de Glasgow, na Escócia, ficará na história da ginástica artística brasileira. O time masculino, composto por Arthur Nory Mariano, Arthur Zanetti, Caio Souza, Diego Hypolito, Francisco Barretto Júnior, Lucas Bitencourt e Péricles Silva, conquistou a inédita classificação por equipe para uma edição dos Jogos Olímpicos. Já o feminino, com Daniele Hypolito, Flávia Saraiva, Jade Barbosa, Letícia Costa, Lorrane Oliveira, Lorenna Rocha e Thauany Araújo, foi o nono colocado e, por apenas uma posição, não garantiu a vaga. Além disso, o País esteve em cinco decisões. Nory, Lucas, Flávia e Lorrane foram finalistas no individual geral. Nory conquistou ainda o quarto lugar na barra fixa – foi a primeira vez na história que um brasileiro competiu na decisão desse aparelho em um Mundial.
Em novembro, a comissão multidisciplinar da Seleção de Conjunto de Ginástica Rítmica se reuniu para o I Fórum da Equipe Técnica e da Saúde, organizado pela CBG, em Aracaju (SE). O objetivo foi discutir e alinhar assuntos referentes à equipe, que segue com um trabalho fortíssimo dentro e fora das quadras de olho na principal competição do ciclo.
Ainda pela rítmica, um dos principais eventos do calendário da CBG, certamente, é o Meeting Internacional, que teve a quinta edição realizada no Centro Esportivo Tancredo de Almeida Neves, o Tancredão, em Vitória (ES). A competição reuniu as Seleções Brasileiras Individual, com Natália Gaudio, e a de Conjunto, assim como grandes atletas da África do Sul, Alemanha, Estônia, Suécia e Ucrânia. Entre as participantes estrangeiras estava a ucraniana Ganna Rizatdinova, finalista olímpica e dona de quatro medalhas de bronze no Mundial da Alemanha. No total, foram oito medalhas brasileiras.
Já em Odense, na Dinamarca, foi disputado o Mundial de Trampolim, classificatório para os Jogos Olímpicos. Foi durante a competição que Rafael Andrade, goiano de 29 anos, conquistou a tão sonhada vaga olímpica pela primeira vez na história da modalidade no País. O evento contou ainda com os brasileiros Carlos Ramirez Pala e Luiz Arruda Júnior, pelo masculino, e Camilla Gomes, Daienne Lima e Ingrid Maior, pelo feminino. Renato Queiroz e Mariana Aquino foram os representantes no duplo-mini.
Na sequência, também na Dinamarca, entrou em cena os atletas das categorias por idades. Logo no primeiro dia, o Brasil conquistou um excelente resultado com Lorrane Souza Sampaio, ginasta da Prefeitura Municipal de Contagem (MG), que ficou com o bronze no duplo-mini para atletas de 15 e 16 anos. Além de Lorrane, os brasileiros garantiram vaga em várias finais.
Pelo calendário nacional, o Brasileiro e o Circuito Caixa de Artística, no Ginásio do Minas Tênis Clube, em Belo Horizonte (MG), reuniram grandes atletas da modalidade pela categoria adulta. Já o Centro Esportivo Tancredo de Almeida Neves, o Tancredão, em Vitória (ES), foi palco do Brasileiro de Conjuntos Ilona Peuker, das categorias pré-infantil, infantil, juvenil e adulta.
Em dezembro, Arthur Zanetti, Natália Gaudio e Camilla Gomes representaram a ginástica no Prêmio Brasil Olímpico, concedido pelo Comitê Olímpico do Brasil (COB). Zanetti foi eleito o melhor atleta do ano da artística, Natália da rítmica e Camilla do trampolim. A entrega da premiação da 17ª edição, uma das mais tradicionais do esporte brasileiro, fez ainda uma homenagem aos medalhistas nos Jogos Pan-Americanos.
Logo depois, ginastas da aeróbica fecharam o ano no Pan-Americano e na Copa Pan-Americana de Clubes, ambos em Morelos, no México. Com uma delegação composta por 17 atletas, das categorias por idades e adulta, o Brasil subiu em vários pódios.
Quem também encerrou o ano a todo vapor foi a Seleção de Conjunto de Ginástica Rítmica, que após seletiva anunciou, nesta terça-feira (22), as novas integrantes da equipe para 2016: Bárbara Domingos (AGIR/PR), Bruna Moraes (Associação Esportiva e Recreativa Sadia/PR), Drielly Daltoé (Escola de Campeãs/ES), Eliane Sampaio (Grêmio Náutico União/RS), Gabrielle Moraes (Unopar/PR) e Maiara Cândido (AGIN/Norsul/SC). As seis ginastas vão se juntar a Dayane Amaral, Emanuelle Lima, Francielly Machado, Jéssica Maier e Morgana Gmach, que conquistaram o pentacampeonato dos Jogos Pan-Americanos e representaram o Brasil no Mundial. A ideia da comissão técnica é treinar dois conjuntos ao mesmo tempo para que haja um grupo bem preparado. As cinco melhores irão representar o Brasil nos Jogos Olímpicos.
Com tantas conquistas e feitos a serem comemorados, a ginástica brasileira encerra 2015 cumprindo com o objetivo de seguir evoluindo. Isso deixou a presidente da CBG, Luciene Resende, ainda mais animada para colher novos frutos em 2016, o ano mais importantes do ciclo.
“Nós estamos fechando 2015 com muita alegria e sensação de dever cumprido. Conquistamos resultados inéditos, a vaga por equipe da artística masculina para os Jogos Olímpicos, atletas garantiram a vaga olímpica, trouxemos uma etapa de Copa do Mundo para o Brasil e organizaremos outra em 2016, realizamos campeonatos nacionais em várias partes do País e com todas as categorias, isso sempre pensando também na base, que representa o futuro do nosso esporte. Foram vários torneios regionais, entregamos centros de treinamentos e novos aparelhos para as modalidades olímpicas. Tudo isso não seria possível sem o trabalho conjunto de todos: ginastas, técnicos, equipes multidisciplinares e demais profissionais envolvidos e apaixonados pela ginástica. Agradeço ao Comitê Olímpico do Brasil (COB), ao Ministério do Esporte e a Caixa Econômica Federal, nossa patrocinadora oficial, por sempre acreditaram no potencial da ginástica brasileira”, encerrou a presidente.
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