O nosso 7 de setembro “conservador e ufanista”

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  • Gabriel Clemente – Vivemos mais um 7 de setembro, data cívica mais importante do nosso calendário. Parece que uma comemoração ‘diferente’. Diferente? Sim!

O presidente Jair Bolsonaro, de forma inédita, quebrou o protocolo e saiu da tribuna das autoridades para andar no meio do povo na via da Esplanada dos ministérios. Populismo? Demagogia? Teste de popularidade? Sensibilidade? Deem a essa atitude o nome que quiserem.

O fato é que o ‘rotulado’ mandatário parece agir com espontaneidade. Não há ‘scripts’ prévios, mesmo em uma data de relevante importância histórica a nós.  Não há ‘planejamentos’, a exemplo de algumas declarações polêmicas, muitas verdadeiras, do presidente quando fala à imprensa. Aliás, muitos o adoram justamente por isso.

Bolsonaro é assim mesmo, não vai mudar e chegará ao fim do mandato assim desse jeito, com a mesma personalidade que o elegeu. Acusado de racismo, por exemplo, foi absolvido pelo STF, a mais alta corte de justiça do país.

Acusado de retrocessos na sua política austera de cortes, disse a verdade: “Não é maldade. Simplesmente, não tem dinheiro. A última economista que nos governou, Dona Dilma Rousseff, deixou um país quebrado sob o ponto de vista fiscal. Agradeçam a ela a situação que vivemos hoje”, disparou.

Sim, para a retomada do crescimento, é preciso o equilíbrio fiscal e é justamente isso que a equipe do presidente está tentando fazer. Quanto ao seu comportamento, Bolsonaro fala algumas bobagens? Às vezes, sim, mas ele é humano. Ou não?

O mais importante é que, atualmente, temos um governante que não está preocupado com reeleição, com o ‘poder pelo poder’. Não está preocupado em dizer o que, talvez, a maioria gostaria de ouvir. Bolsonaro é espontâneo, fala sem sofismas, sem o ardil de induzir a erro a fim de iludir e enganar o povo.

Mas digam, em algum momento da história, houve algum governo perfeito, isento a deslizes? Não, não houve e nunca haverá. É impossível agradar todos.

O “x” da questão é que aqueles que adoram criticar absolutamente tudo por pura antipatia sempre encontrarão argumentos capciosos para denegrir, jogar lama. Sempre.

Notem que Bolsonaro preocupou-se em criar um ministério com técnicos, sem indicações políticas, o que já é um avanço. Não estou aqui elogiando toda a equipe composta pelos 22 ministros. Claro que há aqueles que cometem erros grosseiros, crassos, mas o saldo é bom se comparado a governos anteriores.

Para sabermos se algo é bom ou ruim é preciso comparar sim! Queda lenta, mas crescente do desemprego, bolsa de valores batendo recordes seguidos e a aproximação diplomática com países que, de fato, ajudarão o Brasil a sair de uma situação crítica são indicadores reconfortantes.

O presidente é ‘político profissional’, e está há décadas no meio. Portanto, está longe de ser santo, mas age com espontaneidade, fala o que pensa. Interessante é notar gente dizendo que ele ‘falta com o respeito’, a mesma gente que, com algumas exceções, não respeita absolutamente ninguém querendo vender a imagem de ‘tolerância’ nas redes sociais, falsa, diga-se de passagem.

Na política deve haver espaços para todos. Se tivemos governos ‘progressistas’ (??), qual é o problema de, agora, vivermos uma outra filosofia? Qual? Bolsonaro foi legitimamente eleito nas urnas e fim de papo. Isso é democracia.

Mas voltando ao nosso recente ‘’conservador’’ 7 de setembro, quando um presidente saiu da tribuna para circular entre populares e atendeu ao desejo de uma criança para desfilar no famoso Rolls Royce ao seu lado? Quando?

Repito. Deem o nome que quiserem ao comportamento do presidente, mas assim ele é e morrerá. Não vai mudar.

O mais importante é agir, no âmbito governamental, de modo a recolocar o país nos trilhos das reais políticas sociais: geração de empregos e o reequilíbrio fiscal. Nada de medidas que agradem o povo imediatamente. Nada disso. O fundamental, agora, é implementar ações, ‘plantar frutos’ que serão colhidos a médio e longo prazo.

As pessoas passam. Os governantes passam, mas o Brasil permanece e é nosso, é de todos.

Gabriel Clemente

* Gabriel Clemente é jornalista graduado pela Universidade Municipal de São Caetano do Sul (USCS). Atuou como repórter da Rádio ABC, assessoria de imprensa política e na comunicação institucional do Centro Universitário Fundação Santo André (FSA)

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2 Comentários on "O nosso 7 de setembro “conservador e ufanista”"

  1. Roberta

    Você vê um homem de grande potencial, e comnuma sagacidade incrível, com poucas palavras, bem articuladas e colocadas você diz verdades que não tem como contestar porque são fatos e contra fatos, não há bargumentos.
    Brilhante!
    Parabéns meu amigo Gabriel Clemente e obrigada por esse texto confortador.

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