* Gabriel Clemente – Neymar vive um inferno astral. Depois da série de transtornos envolvendo a acusação de estupro que, ao que tudo indica, é falsa, há poucos dias virou alvo de hostilidades bem agressivas da torcida do Paris Saint Germain (PSG), clube francês que defende há pouco mais de um ano.
Incrível como as pessoas esquecem rápido nossos feitos exitosos e adoram enaltecer as nossas ‘falhas’, se é que, de fato, no caso dele, há alguma ‘grave’.
A tal ‘modelo’ não consegue provar as acusações, já tendo contratado quatro advogados para defendê-la. Cai em seguidas contradições, relatos sem sentido e coerência.
Contundido, o craque brazuca ficou fora da última Copa América. Os seus críticos mais ferozes afirmaram, na ocasião, que era uma desculpa para que ele saísse dos holofotes da grande mídia, a fim de esfriar o escândalo.
Com a conquista do título pela seleção, seus algozes disseminaram vários ‘memes’ pelas redes sociais com os dizeres: “Então o problema era eu ?”
Inveja. E digo por quê.
Neymar já é um jogador consagrado. Não precisa provar mais nada a ninguém. Bilionário, pode se dar ao luxo de jogar futebol por puro prazer.
Além disso, ele só não conquistou um título ainda: a tão cobiçada Copa do Mundo. Só. Foi campeão de todo o restante: Paulista, Brasileiro, Libertadores, Copa do Brasil, Champions League e, se não bastasse, protagonista de uma conquista inédita para o escrete tupiniquim: o ouro olímpico, na nossa olimpíada do Rio, em 2016.
Cobrou o pênalti que sacramentou o título com a frieza típica dos ‘monstros sagrados’ dos estádios. Durante a partida, visivelmente desequilibrou a nosso favor, inclusive com um golaço de falta, em pleno Maracanã lotado.
Agora, enfrenta a ira dos torcedores do PSG. Creio que de uma parte apenas, talvez, a minoria.
Fosse ruim ou “enganador”, não seria objeto de desejo do Barcelona, clube que já atuou e foi muito bem ao lado de Messi, e do todo poderoso Real Madrid, o maior campeão europeu de clubes de todos os tempos.
Farpas vindas de invejosos, de gente desocupada.
O que ocorre com Neymar retrata bem ‘a vida como ela é’.
Não se preocupe, garoto. Tenha certeza de que você já está no panteão dos craques que vivem sob o refúgio da “sombra das chuteiras imortais”.
* Gabriel Clemente é jornalista graduado pela Universidade Municipal de São Caetano do Sul (USCS). Atuou como repórter da Rádio ABC, assessor de imprensa político e assistente de comunicação institucional do Centro Universitário Fundação Santo André (FSA).
Meu caro Gabrie: é inegável que o Neymar representou muito para o futebol mundial, mas o seu “presente” não chega perto do que se esperava nas 4 linhas. Se a cabeça voltar para o lugar onde nunca deveria ter saído, acredito que volte a ser manchete mundial dos seus feitos em campo.