Texto: Heitor Bisi – Crédito-foto: Thiago Benedetti (PMD)
Da Redação – Na última quinta-feira, 1º, o Centro Comunitário do Núcleo Habitacional Vila Nova Conquista recebeu a sala da EJA (Educação de Jovens e Adultos). Na ocasião, houve aula inaugural para os 71 alunos que, a partir de segunda-feira, dia 5, receberão, em horários alternados, aulas do ensino da EJA I (alfabetização da 1ª à 4ª série) e da EJA II (da 5ª à 8ª série).
“Enquanto na maioria das cidades do Brasil é registrada uma queda no número de alunos da EJA, aqui em Diadema resolvemos inovar levando o ensino para perto dos moradores, evitando a evasão escolar”, afirma o secretário de Educação, Cacá Vianna.
Ele ressaltou ainda que foi realizado um levantamento dos bairros que apresentavam demanda por esse tipo de ensino e quais entidades (núcleos comunitários, igrejas, clubes, entre outros) poderiam fornecer as salas. “O objetivo é expandirmos esse projeto de ensino para todo o município, pois multiplicar educação é multiplicar direitos”, conclui.
No evento ainda foi entregue o kit escolar para cada aluno (lápis de cor, lápis, canetas, apontadores, caderno de atividades escolares e caderno para anotações).
Essa sala da EJA é a segunda a funcionar fora das escolas municipais. No Instituto Enéas Tognini, em parceria com o Conselho Municipal do Idoso, também foi disponibilizada sala para aulas da EJA.
Na aula inaugural o secretário de Educação também esclareceu aos alunos a importância de todos prosseguirem nos estudos, mesmo com as dificuldades do dia a dia. Os alunos da sala do Centro Comunitário Vila Nova Conquista contarão com quatro profissionais da Educação para coordenar e ministrar as aulas.
De acordo com Cacá Vianna, a procura pelas aulas no local foi alta e superou as expectativas. “Esperávamos perto de 30 alunos e conseguimos fechar em 71. Essa é uma boa oportunidade para quem morava no bairro e não prosseguia a alfabetização por encontrar dificuldades para se deslocar até as escolas municipais mais próximas (como Deputado Freitas Nobre, na Vila Nogueira e Zilda Gomes, no Piraporinha)”, afirma.
Ele destaca também que há pessoas de todas as idades, em sua maioria entre 35 e 50 anos. Porém, idade não é impedimento para estudar. É o caso de Maria das Graças Farias Ferreira, de 70 anos, que mora em frente ao Centro Comunitário. “Criei oito filhos e não tinha chance de estudar, pois trabalhava fora. Minha amiga me incentivou a retomar os estudos”, diz. Quem também está animada é Adélia de Oliveira Santos, de 56 anos. Assim como Maria, ela criou quatro filhos e não conseguia estudar. “Eu quero muito estudar, começar a aprender degrau por degrau. É muito ruim não saber ler e escrever, não entender nada do que está escrito ou do que se fala”, disse.
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