Stock Car: Equipes preparam “guerra de estratégias” em Santa Cruz do Sul

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Alto desgaste de pneus em Santa Cruz do Sul proporciona uma variedade de escolhas nos pit stops das corridas deste domingo (21); entre a classificação deste sábado e as provas de amanhã, os engenheiros são os protagonistas

Da Redação – O traçado de 3.531 metros de Santa Cruz do Sul é elogiado pela imensa maioria dos pilotos da Stock Car, que realiza na bela cidade do interior gaúcho a quinta etapa da temporada. Outro fator bastante destacado pelos competidores é também a abrasividade do asfalto, que acarreta em um alto desgaste de pneus.

“É a principal característica deste circuito. Na etapa anterior, em Londrina (PR), e na próxima, em Campo Grande (MS), também teremos pisos que trazem este mesmo fator”, compara Amadeu Rodrigues, chefe da Hot Car Competições.

As duas provas de 40 minutos mais uma volta marcadas para o domingo, contando a inversão do grid da segunda corrida entre os dez primeiros colocados, traz uma miríade de estratégias. E é nelas que engenheiros, pilotos e chefes de equipe se debruçam neste momento.

“As equipes têm uma quantidade limitada de jogos de pneus para a temporada, e cada uma faz o uso que bem entender dependendo de como se desenvolve determinada etapa. Então, as possibilidades são muitas”, explica Amadeu.

O pit stop é obrigatório nas duas corridas, assim como a troca de pelo menos um pneu; quanto ao reabastecimento, ele é mandatório em apenas uma das paradas. A estratégia traçada, segundo o chefe da Hot Car, depende de vários fatores: posição de classificação, como o piloto está na corrida, qual é a quantidade de jogos disponíveis, o ‘feeling’ do piloto e até a possibilidade da entrada do carro de segurança.

“Dependendo dessa conjunção e de como a prova vai se desenvolvendo, o piloto e a equipe podem optar por trocar um, dois ou até mesmo os quatro pneus em uma das paradas. Por termos duas corridas, é normal escolher uma para ter o melhor resultado, já que o formato torna praticamente impossível um piloto vencer as duas; chegar ao pódio em ambas também é muito difícil”, aponta Amadeu.

De acordo com ele, quando termina a definição do grid, é hora dos engenheiros entrarem nas salas de reunião com os pilotos para algumas horas de conversas e cálculos para traçar a melhor tática. “É a hora da guerra: enquanto o autódromo já está mais tranquilo, quase em silêncio, dentro dos boxes cada um está lutando com suas armas pensando no melhor para sua equipe”, comparou o chefe da equipe Hot Car Competições, que em Santa Cruz do Sul corre com três carros.

Fazendo um retorno à Stock Car depois de ter participado da Corrida do Milhão em 2018, o argentino Agustín Canapino impressionou ao liderar o primeiro treino livre e mostrar excelente adaptação ao carro da categoria. Campeão do Super TC2000 na Argentina, o piloto de Arrecifes não passou  para a segunda fase da classificação por apenas 78 milésimos de segundo e vai largar da 17ª posição.

“A classificação foi muito boa para mim, na primeira vez pela equipe. Ficamos muito perto do corte para a segunda fase do classificatório. E ter sido o melhor entre os três carros da equipe foi muito importante. Deu para ver o quanto a Stock Car é competitiva, pois pilotos campeões como Cacá Bueno, Barrichello e Marcos Gomes também encontraram dificuldades e não passaram. Para uma primeira vez, foi muito bom, principalmente para a equipe, que fez o carro todo em apenas quatro dias. Agora vamos trabalhar para bons resultados nas corridas de amanhã”, falou o argentino.

Rafael Suzuki também teve um início positivo de treinos, tendo sido o segundo colocado na sessão inicial. “Não conseguimos repetir o desempenho que tivemos nos primeiros treinos. O carro começou muito bem, mas naquela condição mista de pneus, cada um usando em uma condição. Na classificação, não conseguimos extrair o máximo do conjunto”, disse Suzuki, que largada imediatamente atrás de Canapino, em 18º.

Estreante na temporada e um dos pilotos mais jovens do grid, Pedro Cardoso espera fazer uma prova buscando posições e marcar mais pontos. “Para mim, um dia difícil. A equipe trabalhou muito, mas ainda não conseguimos encaixar uma volta excelente. Na classificação, cometi um pequeno erro quando vinha fazendo as minhas melhores parciais. Amanhã, para a corrida, a palavra de ordem é calma para tentar ir ganhando posições sem se envolver em acidentes”, afirmou o brasiliense, que sai em 29º.

Segundo Amadeu Rodrigues, apesar de o potencial não ter se convertido em passagens às fases seguintes da classificação, o domingo promete boas disputas. “Esperávamos passar para o Q2, porque os treinos livres mostraram que o equilíbrio dos carros estava muito bom. Fomos rápidos nos treinos com todas condições de pneu. Acabou não encaixando a volta, e por um décimo ficamos de fora. Merecíamos estar entre os dez primeiros, mas para amanhã temos carros para isso”, concluiu. As corridas da Stock Car têm as largadas programadas para as 11 e ao meio-dia. A transmissão ao vivo das provas acontece pelo SporTV2 a partir das 10h15.

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