Diadema promove seminário para discutir suicídio e violência autoprovocada

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Da Redação – A Prefeitura de Diadema promoveu nesta sexta-feira (5), o 1º Seminário “O Fenômeno da Violência Autoprovocada: Suicídios, Tentativas e Automutilações” para discutir dados do município, fluxo de atendimento e como acolher e intervir nessas situações.

O evento, realizado no auditório do Quarteirão da Saúde, reuniu mais de 300 pessoas, entre profissionais de saúde, educação, assistência social e demais interessados no tema.

Após a apresentação do coral da Secretaria de Saúde, o secretário adjunto Flavius Augusto Olivetti Albieri apresentou os dados do município.

No primeiro semestre de 2019, o Núcleo de Promoção à Saúde e Prevenção de Violências (Conviva) de Diadema registrou 658 notificações de violência autoprovocada, como automutilações, suicídios e tentativas.

Em 2017, foram 714 e, no ano passado, 976 casos. “As notificações, em sua maioria são feitas nos serviços de urgência e emergências, devido às características do atendimento. As tentativas de suicídio costumam chegar pelo atendimento 24 horas. Mas esse não é um problema exclusivo da saúde, é um fenômeno complexo e influenciado por diversos fatores”, explica Albieri.

Nesses casos, quando o paciente chega ao serviço de saúde, o primeiro passo é a estabilização. Depois, se faz necessária uma rede de apoio e um cuidado complexo que envolve vários serviços e setores.

Suicídio no mundo

De acordo com a Organização Mundial de Saúde (OMS), o suicídio representa 1,4% das mortes em todo mundo, cerca de 800 mil casos, por ano. Na América, são aproximadamente 65 mil suicídios por ano. Além disso, é a segunda causa de morte de jovens entre 15 e 29 anos de idade.

Para a palestrante Margareth Arillha, psicanalista, doutora em Saúde Pública e pesquisadora do Núcleo de Estudos de População “Elza Berquó” (NEPO) da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp), o Brasil chama a atenção pela velocidade de crescimento dos casos de suicídio. No país, o número de pessoas que tiram a própria vida chega a 11 mil por ano. “Esse é um tema que vem angustiando a cada um de nós. Vivemos em uma sociedade que provoca o sofrimento humano e, consequentemente, o suicídio”, ressaltou.

A automutilização, fenômeno também crescente no país e no mundo, apresenta características de depressão e ansiedade e também pode ser um fator de risco para o suicídio.

Onde procurar

Quem passa ou passou uma situação de violência autoprovocada encontra no município uma rede de atenção integral. Em Diadema, os Centros de Atenção Psicossocial (CAPSs) podem acolher, orientar e direcionar o tratamento, de acordo com cada situação. São cinco serviços para atender a população, sendo três 24 horas, um Infanto Juvenil e um Álcool e Drogas:

Serviço  – Centro de Atenção Psicossocial (CAPS) III Sul/Oeste – Rua Nelson Rodrigues, 191 – Vila Conceição.

Centro de Atenção Psicossocial (CAPS) III Centro/Leste – Rua Oriente Monti, 28 – Centro – 1ºandar.

Centro de Atenção Psicossocial (CAPS) III Norte – Rua Capibaribe, 193 – Campanário.

Centro de Atenção Psicossocial (CAPS) Álcool e Drogas (AD) – Rua Oriente Monti, 28 – Centro – 3ºandar.

Centro de Atenção Psicossocial (CAPS) II Infanto Juvenil – Rua Oriente Monti, 28 – Centro – 2ºandar.

Hospital Municipal de Diadema (HMD) – Avenida Piraporinha, 1.682 – Piraporinha.

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