Crédito-fotos: Thiago Benedetti (PMD)
Da Redação – A 8ª Copa do Mundo de Futebol Feminino teve início nesta sexta-feira (7), na França, com a partida entre França e Coreia do Sul, no Estádio Parc des Princes (Parque dos Príncipes), em Paris. A realização da Copa proporciona um aumento da visibilidade do esporte e hoje, em Diadema, a participação feminina nos campos de futebol também aumenta.
Uma demonstração disso é que no segundo semestre deste ano Diadema disputará o Campeonato Paulista sub 17 com a equipe do Água Santa. O município foi vice-campeão do futebol feminino dos 48º Jogos Regionais, disputados em Cotia, em 2004.
O time será formado por integrantes selecionadas nas aulas de futebol feminino do Programa Bola, Educação e Cidadania (que ocorrem todas as quintas no recém-reformado campo de futebol do Jardim ABC), das dez integrantes do Programa presente nos oito campos do município (Eldorado, Serraria, Jardim Ruyce, Casa Grande, Piraporinha, Vila Alice, Ouro Verde e Campanário) e de atletas escolhidas na seletiva que ocorre neste sábado, 8/06, às 12h, no Piraporinha (veja informações no fim do texto).
A equipe feminina é uma obrigatoriedade determinada pela Federação Paulista de Futebol, que exige uma equipe feminina para cada time masculino que participa das principais competições da entidade.
Visibilidade
Hoje Diadema conta com 40 alunas que treinam no campo do Jardim ABC, aperfeiçoando fundamentos do futebol como condução, passe, chute, drible, finta, recepção, cabeceio e arremesso lateral. “Aqui, a maioria das alunas tem entre 15 e 18 anos, mas temos também uma aluna com 21 anos”, afirma James de Souza Santos, professor e coordenador-geral do campo do Jardim ABC. Ele afirma que muitas alunas já realizam seletivas em clubes da região e da cidade de São Paulo.
É o caso de Vitória Caroline Miguel Lima de Oliveira, de 18 anos. Ela começou a jogar e treinar em Diadema em agosto de 2018, após passagem pelas categorias de base do São Bernardo Futebol Clube. “Eu comecei a jogar em 2016, mas uma fratura me afastou do time. Diadema foi um recomeço para mim. Estou gostando muito, principalmente da atenção que os professores têm conosco”, afirma. Sobre o futebol feminino ela acha que está sendo mais praticado pelas mulheres e visto por todos. “Um exemplo disso é que quando comecei aqui, em agosto, havia poucas meninas. Hoje, já somos 40”, diz.
Outra atleta que treina no campo do Jardim ABC e que presenciou esse aumento da procura pelo futebol feminino é Sabrina Santana, 21 anos. Ela sempre morou perto do campo e começou a frequentar o local com sete anos. “Eu treinava aqui quando o campo era de terra e os campeonatos eram mistos (masculino e feminino jogavam juntos). Quando iniciei, muitos falavam que futebol era coisa de menino, que mulher não poderia jogar bola. Mas a minha família sempre me apoiou em minhas escolhas e prossegui no futebol”, diz Sabrina.
Ela fez teste também no São Bernardo Futebol Clube, foi aprovada e jogou por um ano na equipe sub 17 e no profissional. “As jogadoras do futebol feminino no Brasil e no mundo sempre me inspiraram. Vou continuar treinando e me esforçando para retornar ao futebol profissional, para obter o mesmo reconhecimento profissional e fama que elas têm”, afirma Sabrina.
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