Diadema tem seminário ‘Por uma sociedade sem Manicômio’ na luta antimanicomial

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Diadema conta com uma rede integrada de serviços e multiprofissional para diagnosticar, tratar e cuidar de pessoas com transtornos mentais

Da Redação – Ser acolhido em um momento de crise, encontrar o cuidado necessário e realizar o tratamento perto da família e da comunidade em que vive é uma realidade para moradores de Diadema que têm algum transtorno mental.

Esse tipo de tratamento fora dos hospitais psiquiátricos é resultado da luta antimanicomial, cujo Dia Nacional é celebrado em 18 de maio. Para marcar o mês, a Prefeitura de Diadema vai realizar o Seminário “Por uma Sociedade sem Manicômios” no dia 31 de maio, a partir das 9h, no auditório do Quarteirão da Saúde. O evento é aberto, não é preciso fazer inscrição, mas o número de vagas é limitado. O espaço comporta aproximadamente 400 pessoas.

A programação inclui apresentação do webdocumentário Mentalmorfose (uma produção de alunos de Comunicação da Universidade Metodista de São Paulo), do coral dos Centros de Atenção Psicossocial (CAPSs) de Diadema e a palestra “Desafios Atuais da Política de Saúde Mental” com a economista do Conselho de Secretarias Municipais de Saúde (CONSEMS) de São Paulo, Mariana Melo, e da psicóloga do Instituto Sedes Sapientiae, Patrícia Vilas Boas.

RAPS

A depressão é uma das principais causas de doenças e incapacidade, e o suicídio é a terceira causa de morte entre adolescentes de 15 a 29 anos. Além disso, os transtornos mentais são responsáveis por mais de um terço do número total de incapacidades nas Américas, segundo dados da Organização Mundial de Saúde (OMS).

Para atender essas pessoas, a Prefeitura oferece uma Rede de Atenção Psicossocial de Diadema (RAPS) que reúne três CAPSs tipo III, um CAPS Álcool e outras Drogas, um CAPS Infanto-Juvenil, equipes de saúde mental em todas as 20 Unidades Básicas de Saúde (UBSs), uma residência terapêutica e um pronto socorro com enfermaria psiquiátrica no Hospital Municipal.

O cuidado em saúde mental é multiprofissional, pois a compreensão de adoecimento psíquico é multifatorial, com o objetivo também de fortalecer a identificação dos adoecimentos psíquicos e potencializar o cuidado em todos os pontos de atenção. Atualmente, aproximadamente duas mil pessoas são acompanhadas nos CAPSs. Nesse serviço, além das atividades rotineiras como acolhimento, consultas, grupos terapêuticos, oficinas de pintura, musicalização, horta, entre outras, também é disponibilizada a meditação como terapia complementar.

“O impacto da doença mental é diferente em cada pessoa, podendo interromper o cotidiano e reverberar em diversas áreas na vida, como escola, trabalho, relações familiares e amorosas. Assim, o cuidado em saúde deve ser feito em diferentes níveis de atenção, no seu território e na sua comunidade. Diadema tem uma rede qualificada e articulada para esse atendimento”, explicou a terapeuta ocupacional e coordenadora de Saúde Mental do município, Denise Miyamoto de Oliveira.

Luta antimanicomial

A data surgiu no Brasil em 1987, durante o Congresso de Trabalhadores de Serviços de Saúde Mental, na cidade de Bauru, com a oportunidade de visibilidade para o movimento da Luta Antimanicomial.

O modelo de cuidado com serviço de psicologia na rede pública municipal foi pioneiro no país, em sua implantação, na década de 1990. Entretanto, durante anos, o tratamento a pessoas com transtorno mental era feito exclusivamente em hospitais psiquiátricos e elas ficavam internadas por longos períodos. Quando saíam do hospital não mantinham o tratamento. “Entendia-se o tratamento centrado apenas na doença e não na pessoa que tinha uma doença. A mesma doença se manifesta de forma diferente em cada um, levando em consideração o lugar onde mora, a família que ela pertence, como foi seu desenvolvimento, grau de escolaridade, laços afetivos, vários fatores. Por isso, não tratamos doenças, mas sim indivíduos que possuem uma determinada doença”, ressaltou Miyamoto.

Serviço – Seminário “Por uma Sociedade sem Manicômios”, no dia 31 de maio de 2019, sexta-feira, das 9h às 12h, no auditório do Quarteirão da Saúde. Avenida Antônio Piranga, 700 – Centro.

Centro de Atenção Psicossocial (CAPS) III – Norte Rua Capibaribe, 193 – Campanário. Tel.: 4071 9899.

Centro de Atenção Psicossocial (CAPS) III – Sul/Oeste Rua Nelson Rodrigues, 191 – Conceição. Tel.: 4056 4009.

Centro de Atenção Psicossocial (CAPS) III – Centro/Leste Avenida Sete de Setembro, 18 – Centro. Tel.: 4055 1528.

Centro de Atenção Psicossocial (CAPS) III Álcool e Drogas (AD) – Espaço Fernando Ramos da Silva Rua Oriente Monti, 28 – 2º andar – Centro. Tel.: 4053 5300.

Centro de Atenção Psicossocial (CAPS) Infanto Juvenil – Rua Oriente Monti, 28 – 2º andar – Centro. Tel.: 4053 5300.

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