Sesc lança projeto que destaca a presença feminina na agricultura

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“Mulheres da Terra” acontece entre março e abril, com programação de curso, vivência, degustação, exibição de curta-metragem e bate-papo

Foto As Mulheres da Rota das Raízes – Crédito-foto: Yasmin Bidim

Da Redação – O Sesc Avenida Paulista promove entre os meses de março e abril uma série de ações que destacam a presença feminina na produção de conhecimentos e práticas sustentáveis na agricultura e no cotidiano das grandes cidades.

O projeto “Mulheres da Terra” apresenta diversas atividades gratuitas que jogam luz sobre os saberes tradicionais acumulado e transmitido por mulheres, de diferentes origens geográficas e culturais, ao longo dos séculos.

Além disso, as ações também ressaltam o acesso às novas tecnologias e a prática nas lavouras conduzidas por mulheres. Os destaques são os cursos “Feminismos e Tecnologias: Construindo autonomias sustentáveis” e “Sobre Mulheres, Ervas e Tratamentos Naturais”; a exibição do curta “Donas do Mundo: Mulher na Agroecologia”, produzido pelo ASA – Articulação de Semiárido Brasileiro; e o bate-papo com degustação “As Mulheres do Rota da Raízes”.

Confira a programação completa:

TURISMO E SUSTENTABILIDADE: AS MULHERES DO ROTA DAS RAÍZES

Com Yasmin Bidim, Juliana Soares e Marianne Costa

Apresentação do projeto “Rota das Raízes: Gastronomia e Cultura no Estado de São Paulo”, criado por Juliana Soares e Yasmin Bidim. O objetivo foi mapear saberes culinários específicos de diferentes cidades do estado. A conversa trata das relações entre o projeto e as identidades locais, saberes populares, culinária e empreendedorismo feminino. Bate-papo seguido de degustação com as responsáveis, além de duas convidadas envolvidas no projeto: Simone Takua (Peruíbe) e Jardete dos Santos (Eldorado). Mediação: Marianne Costa.

“Rota das Raízes: culinária e cultura no Estado de São Paulo” é um projeto que propõe investigar a culinária paulista tradicional focada no uso de ingredientes vegetais, descobrindo os sabores e as histórias ao redor de receitas tradicionais e populares do estado de São Paulo que valorizam o uso de elementos vegetais.

Yasmin Bidim mora na cidade de São Carlos e possui mestrado em audiovisual pela UFSCar. Trabalha há oito anos com produção cultural, atuando nas áreas de cineclubismo, vídeo arte, empreendedorismo criativo e educação em audiovisual.

Juliana Soares é formada em audiovisual e mestra na área de design e desenvolvimento de produtos. Possui experiência multidisciplinar no campo de projetos sociais e culturais. Atualmente cursa doutorado em design.

Marianne Costa é empreendedora social. Fundadora da Vivejar, operadora especializada em experiências comunitárias como ferramentas de transformação positiva. É consultora em projetos de desenvolvimento local, sustentabilidade e turismo. Pós-graduada em Inovação Social, especialista em Gestão de Projetos Sociais e graduada em Turismo.

Dia 12 de março, às 19h30 (terça), na Praça (térreo) Do Sesc Avenida Paulista. Ingresso: 50 vagas – Grátis, retirada de ingresso com uma hora de antecedência no térreo. Classificação: Livre

SOBRE MULHERES, ERVAS E TRATAMENTOS NATURAIS

Com Coletivo Feminista Sexualidade e Saúde

Vivência voltada ao público feminino que aborda o tratamento da saúde da mulher e sua relação com uso de plantas medicinais. Essa prática está conectada a um conjunto de saberes tradicionais acumulado e transmitido por mulheres de diferentes origens ao longo dos séculos. O resgate de algumas dessas práticas na contemporaneidade aparece como uma forma de promover um cuidado autônomo do próprio corpo e contribuir na busca por direitos das mulheres.

Carla Cristina Marques é médica formada pela Universidade Federal do Paraná e atualmente realiza residência em Medicina de Família e Comunidade pela Universidade de São Paulo. Membro do Coletivo Feminista Sexualidade e Saúde.

O Coletivo Feminista Sexualidade e Saúde surgiu em 1981 em São Paulo, dentro do contexto da criação de grupos de mulheres lutando pela saúde e pelos direitos reprodutivos e sexuais. A proposta inaugural era resgatar a saúde como uma questão de direito das mulheres, além da compreensão de que as questões pessoais são questões políticas.

Quando: dia 14 de março *(quinta-feira), às 19h no Tecnologias e Artes (4º andar) Ingresso: Grátis – retirada de ingresso com uma hora de antecedência no local Classificação: a partir de 16 anos

TOALETE SUSTENTÁVEL PARA MULHERES

Com Carmem Lazari

Inspirado pelo do termo francês toilette (ato de se vestir, maquiar, pentear, etc; utilizado principalmente em referência às mulheres), o minicurso apresenta conteúdo prático e teórico sobre a criação de itens de higiene e beleza. A atividade desenvolve produtos a partir da chamada cosmética natural, um movimento em ascensão nos dias atuais, que une autonomia feminina e sustentabilidade.

Carmem Lazari é artesã, educadora e designer de cosméticos. Realiza oficinas com foco na criação em bordado. Atualmente comanda o projeto Revolucione, em que desenvolve produtos sustentáveis de cuidados pessoais a partir de insumos de comunidades ribeirinhas da região amazônica.

De 27 de março a 12 de abril, das 19h às 22h (quarta* e sexta), no Tecnologias e Artes (4º andar) Ingresso: Grátis – Inscrição com uma hora de antecedência no primeiro dia do curso (27/3) no local Classificação: a partir de 18 anos

*exceto dia 10 de abril

FEMINISMOS E TECNOLOGIAS: CONSTRUINDO AUTONOMIAS SUSTENTÁVEIS

Com Marcia Maria Tait Lima e Vanessa Brito de Jesus

Minicurso que apresenta as relações entre o acesso às novas tecnologias e a prática da agricultura familiar conduzida por mulheres.

Marcia Maria Tait Lima é pós-doutoranda com bolsa PNPD/Capes no Departamento de Política Científica e Tecnológica e Professora Permanente do Mestrado em Divulgação Científica e Cultural da Unicamp. Doutora em Política Científica e Tecnológica (DPCT/Unicamp) e Pós-doutora em Filosofia (FFLCH/USP). Autora dos livros “Tecnociência e Cientistas: Cientificismo e Controvérsias na política de biossegurança brasileira” (Annablume, 2011) e “Elas dizem não! Mulheres camponesas e a resistência aos cultivos transgênicos” (Librum, 2015), ganhador do prêmio Marcel Roche 2016 da Asociación Latinoamericana de Estudios Sociales de la Ciencia y la Tecnología (ESOCITE).

Vanessa Brito de Jesus é doutora em Política Científica e Tecnológica pelo Departamento de Política Científica e Tecnológica da Universidade Estadual de Campinas (DPCT/UNICAMP) com realização de estágio de pesquisa no Laboratório de Comunicação Aplicada e Tecnologia, Simon Fraser University – Canadá. Mestre em Engenharia de Produção pela UFSCar. Pesquisadora da área de Estudos Sociais da C&T com interesse nos temas resistência sociotécnica, subversão tecnológica, tecnologia social, tecnologia para inclusão social, agroecologia, economia solidária, avaliação e monitoramento de processos inclusivos.

Quando: de 10 e 17 de abril

Horário: das 19h às 21h30 (quarta)

Onde: Tecnologias e Artes (4º andar) Ingresso: Grátis – Inscrição com uma hora de antecedência no primeiro dia do curso (27/3). Classificação: a partir de 16 anos

DONAS DO MUNDO: MULHER NA AGROECOLOGIA

Exibição do curta metragem “Donas do Mundo” (2017), seguida de um bate-papo com agricultoras de diferentes locais e projetos, sobre suas impressões a respeito da condição da mulher na agricultura familiar. O curta, produzido pela “Articulação do Semiárido Brasileiro”, traz depoimentos de vida de algumas mulheres do semiárido brasileiro, nos quais elas falam de suas liberdades, de suas experiências e de seus processos de empoderamento.

Instituições:

A ASA (Articulação do Semiárido Brasileiro ) é uma rede que defende, propaga e põe em prática, inclusive por meio de políticas públicas, o projeto político da convivência na região do semiárido brasileiro (presente em dez estados brasileiros, dentre eles Minas Gerais, Pernambuco e Maranhão). Premiada com o Prêmio Prata de Política Para o Futuro (2017), concedido pelo World Future Council (WFC), em cooperação com a Convenção das Nações Unidas para o Combate à Desertificação (UNCCD).

Convidadas:

Denise Cardoso (Uauá- Bahia), negra, nascida e criada na comunidade Tradicional de Fundo de Pasto de Caladinho, município de Curaçá, localizada ao norte da Bahia. Filha de agricultores familiares, bacharela em Administração pela Universidade de Uberaba (UNIUBE) e pós-graduanda em Gestão de Projetos.

Salete Arruda (Garibaldi – Rio Grande do Sul) é agricultora familiar orgânica, empreendedora rural, e presidente da rota de turismo “Via Orgânica”, integrante da Rota turística “Estrada do Sabor”. Ex-presidente da Coopeg – Cooperativa de Produtores Ecologistas de Garibaldi. Foi selecionada pela campanha “Mulheres Rurais, Mulheres com Direito”, promovida pela Organização da Nações Unidas para a Agricultura e Alimentação (FAO), a reunião especializada sobre Agricultura Familiar do Mercosul (Reaf), dentre outros organismos.

Quando: dia 18 de abril

Horário: das 19h às 21h (quinta)

Onde: Praça (térreo)

Ingresso: Grátis – retirada de ingresso com uma hora de antecedência no térreo Classificação: a partir de 14 anos Serviço – Mulheres da Terra, março e abril de 2019, em diversos locais. Quanto: Grátis – verifique a necessidade de inscrição ou retirada de ingresso, no Sesc Avenida Paulista (Avenida Paulista, 119, na Bela Vista, em São Paulo)

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